Em 31 de março de 1964 deu-se início ao golpe-militar que roubou o governo de João Goulart (foto), em ato repudioso e agressivo à Constituição / Arquivo GB Imagem

No dia 31 de março de 1964, eclodiu um movimento político-militar, destinado a afastar do governo brasileiro o presidente constitucional João Belchior Marques Goulart.

João Goulart foi empossado na Presidência da República, após a renúncia de Jânio Quadros, contra a vontade das forças conservadoras do País e das alas militares que procuraram cercear o seu governo instituindo um sistema parlamentarista. Mas um referendum popular devolveu ao presidente todos os seus poderes.

Goulart, desde o início do seu mandato, teve de enfrentar problemas muito sérios como a inflação, o alto custo de vida, a desvalorização da moeda e a crescente dívida externa do País. Apoiado pelo Partido Trabalhista Brasileiro, por parte do PSD e, principalmente, pelas associações estudantis e pelos sindicatos, o presidente prometeu reformas sociais, nacionalização das empresas estrangeiras e a realização da reforma agrária, principalmente no Norte e Nordeste do Brasil. Os setores oposicionistas se radicalizavam cada vez mais contra o programa presidencial.

A 13 de março de 1964, num comício em frente à Central do Brasil, no Rio de Janeiro, o presidente assinou publicamente dois decretos, pelos quais nacionalizava todas as refinarias particulares de petróleo e criava a SUPRA – Superintendência de Reforma Agrária.

A resposta a esses decretos não se fez esperar. Foi organizada uma passeata em São Paulo – Marcha pela Família com Deus pela Liberdade – que reuniu cerca de 500.000 pessoas, organizada pela União Cívica Feminina.

No dia 20, a Associação dos Marinheiros e Fuzileiros Navais, numa quebra de disciplina, pedia a exoneração do Ministro da Marinha, Silvio Mota, que impedira um pronunciamento do Almirante Aragão, do Corpo de Fuzileiros Navais, sobre a situação nacional.

Minas Gerais era o quartel-general da oposição sob as ordens da cúpula militar e do governador Magalhães Pinto. Lá se iniciou a rebelião. Foi tentada uma resistência em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, mas o presidente João Goulart se recusou a resistir e pediu asilo político no Uruguai a 04 de abril de 1964.

No dia 15 de abril, foi dada a Presidência da República ao General Umberto de Alencar Castelo Branco.

Começava aí a Ditadura Militar que duraria até o ano de 1979, quando a política foi comandada por sucessivos Atos Institucionais e desenvolveu grande perseguição à oposição ao regime, com muitas prisões arbitrárias, torturas e censura, principalmente à imprensa. Este período da História do Brasil ficou conhecido como Os Anos de Chumbo.

DATAS

30/03

– Casamento de D. Pedro II, por procuração, com a princesa italiana D. Thereza Cristina Maria de Bourbon (1843)

– Dia Mundial da Juventude

– Alice Cooper é a primeira estrela do rock internacional a se apresentar no Brasil. O show foi assistido por 50 mil pessoas (1974)

31/03

– Dia da Integração Nacional

– Dia da Saúde e Nutrição

– Aniversário do Golpe Militar de 1964

– Término da Revolução Praieira em Pernambuco (1859)

01/04

– Dia da Mentira

– Dia da Abolição da Escravidão dos Índios – 1680

– A Princesa Isabel participa do ato de libertação coletiva dos escravos de Petrópolis (1888)

– Oliver Pollock cria o símbolo do dólar americano, o "$" (1778)

02/04

– Dia do Propagandista

– Dia Internacional do Livro Infanto-Juvenil

– É criada, no Brasil, a CPI da Corrupção da Previdência (1991)

03/04

– As comunicações radiotelefônicas entre Estados Unidos, Chile e Uruguai são inauguradas (1930)

– O Congresso Nacional aprova em tempo recorde, de apenas 8 dias, o Plano Collor (1990)

– O Parlamento Chileno aprova a abolição definitiva da pena de morte (2001)

04/04

– Dia do Livreiro Católico

– Dia Nacional do Parkinsoniano

– O dirigível norte-americano “Ankron”, com 77 pessoas a bordo, cai no Atlântico. Apenas quatro pessoas sobrevivem (1933)

– Morte do educador Antônio Ferreira de Almeida Júnior (1971)

05/04

– Um tribunal americano condena à morte o casal Rosenberg, acusado de espionagem em favor da URSS (1951)

– Fulgêncio Batista dá um golpe de Estado e assume o poder de Cuba (1952)