03 de julho | 2011
22% de energia utilizada em 2009 em Olímpia foi originada da cana
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Apesar de estar embutido numa das regiões maiores produtoras de biocombustíveis, principalmente de etanol, apenas 22% da energia utilizada pelo município de Olímpia em 2009, teve como origem a cana-de-açúcar. Isso pelo menos é o que se entende do Anuário Estatístico de Energéticos por municípios no Estado de São Paulo 2010, ano-base 2009, pela Secretaria de Energia do Estado de São Paulo.
O município consumiu mais de 37,3 milhões de toneladas de energia, sendo que apenas 8,5 milhões foram oriundas do biocombustível. Foi gasto o equivalente a 51% de produtos derivados de petróleo e 24% de energia elétrica. Esses números fizeram de Olímpia o oitavo maior consumidor da região.
O relatório registra também que a emissão de Dióxido de Carbono (CO2) pelo município no mesmo período, foi de 60,92 mil toneladas. Nesse caso, em toda a região noroeste foram emitidas 2,9 milhões toneladas. O Dióxido de Carbono é apontado como o gás responsável por provocar o efeito estufa.
Mas os derivados do petróleo foram a principal fonte de energia em 85 municípios da região noroeste paulista, assim como em Olímpia, seguida pela eletricidade e, em terceiro lugar, o derivado da cana-de-açúcar.
Ao todo, a região respondeu em 2009 por 4,1% de toda energia consumida no Estado de São Paulo no período. Estas localidades consumiram o equivalente a 1.517,2 bilhões de “tOE”, uma unidade de energia utilizada internacionalmente e que equivale à energia gerada pela queima de uma tonelada de petróleo bruto. Em todo o Estado de São Paulo, esse número atingiu a marca de 36.875,0 bilhões de tOE.
A participação regional no consumo de derivados de petróleo representou 5,1% do total estadual. Os consumidores de 85 municípios foram responsáveis pelo uso de 959,8 bilhões de tOE, de um total paulista de 18.561,6 bilhões de tOE.
Embora os derivados de petróleo dominem a matriz energética, em alguns municípios, o consumo de etanol é maior do que o de eletricidade, como é o caso de Fernandópolis, em que a utilização de etanol chegou a 9,583 bilhões de tOE enquanto o de energia em 9,133 bilhões de tOE.
A mesma situação ocorre em Jales, onde o etanol consumido totalizou 7,610 bilhões de tOE e o de eletricidade somou 6,935 bilhões de tOE. Em Ouroeste o perfil da matriz é similar, com uso de 2,766 bilhões de tOE de etanol e de 1,132 bilhão de tOE de eletricidade.
Os moradores dos 85 municípios da região consumiram 302,1 bilhões de tOE de energia elétrica, o que corresponde a 2,9% do Estado de São Paulo, que foi de 10.153,3 bilhões de tOE em 2009.
Já o consumo de etanol em 2009 ficou em 255,2 bilhões de tOE, o que representou 6,1% do total. No Estado de São Paulo, esse volume foi de 4.144,8 bilhões de tOE.
DESTAQUES
Além de Olímpia, que ocupa a 8.ª posição, o total consumido por São José do Rio Preto – 361,7 bilhões – coloca a cidade como destaque regional, ocupando a primeira posição. Em seguida, aparece Catanduva, com 132,8 bilhões, em segundo.
A terceira colocação é ocupada por Barretos, que fechou o ano de 2009 com 74,4 bilhões; Bebedouro é o quarto (65,2); Jales o quinto (53,2); Mirassol o sexto (52,9); e Votuporanga o sétimo (52,6).
Já na de baixo, Embaúba é o município que tem a pior colocação, com 616,7 milhões de tOE de energéticos. Logo acima aparece Santana da Ponte Pensa, que registrou o consumo de 631,2 milhões tOE e antes, Santa Clara d´Oeste, com 663,3 milhões de tOE.
O levantamento anual traz dados sobre os principais energéticos consumidos pelos 645 municípios paulistas: energia elétrica, gás natural, etanol e derivados de petróleo. Os energéticos considerados foram aqueles cujas agências reguladoras, Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), disponibilizam.
O QUE É “tOE”
Medida de energia utilizada internacionalmente, “tOE” é a sigla de “Tonne of Oil Equivalent”, expressão que significa “tonelada equivalente de petróleo” (ou “tEP”, na forma portuguesa). Um tOE representa a energia equivalente à queima de uma tonelada de petróleo bruto (ou “crude oil”).
Em termos elétricos, um tOE representa 11.628 kWh (quilowatt/hora).
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