08 de agosto | 2011

47.º Fefol repete distanciamento de Grupos Folclóricos

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Assim como vem ocorrendo nos últimos anos, principalmente a partir do falecimento do idealizador e criador do evento, professor José Sant’anna, o 47.º Fefol (Festival Nacional do Folclore) repetiu o distanciamento de sua essência, ou seja, dos grupos folclóricos, verdadeiros objetivos de estudo do folclorólogo reconhecido nacionalmente e para quem o evento foi idealizado (preservar os grupos autênticos).

Pelo menos é isso o que se pode entender após analisar as apresentações mostradas no palco oficial do evento, instalado na arena cultural do Recinto de Exposições e Praça das Atividades Folclóricas Professor José Sant’anna.


Durante o evento foram mostradas 100 apresentações no palco oficial. Destas, apenas 39, ou seja, cerca de 40%, foram de grupos folclóricos, chamados também por grupos autênticos.


Por outro lado, outras 59 apresentações foram mostradas pelos chamados grupos parafolclóricos, que são aqueles que, embora ligados ao tema, apenas fazem uma representação dos folguedos populares.


Para completar as 100 apresentações contadas, foram observadas duas que não têm nenhuma ligação com o tema folclore, uma delas do Grupo Nova Esperança, que integra pessoas da terceira idade de Olímpia, e uma apresentação de repentistas que vieram de Porto Feliz, Estado de São Paulo.


Mesmo assim, houve fatores positivos em relação também a anos anteriores, principalmente em relação ao tempo de permanência dos grupos folclóricos no palco. Enquanto em anos anteriores estes podiam permanecer durante apenas 10 minutos, neste ano puderem se apresentar por até 15 minutos, em alguns casos chegando a quase 20. O menor tempo – seis minutos – foi utilizado por integrantes do grupo de Moçambique, de Olímpia, para mostrar a “Recomendação das Almas”, uma das centenas de práticas religiosas ligadas ao folclore brasileiro.


Já os parafolclóricos, como de costume, permaneciam em média 20 minutos no palco, embora uma das apresentações, do Andora de Vitória, Espírito Santo, tivesse durado 38 minutos.


A noite do sábado, dia 31 de julho, que antecedeu o encerramento do evento, foi a com maior número de folclóricos, com o total de 16 deles. Mas o público da arena cultural pode ver ainda outras 13 apresentações de parafolclóricos.

Acima, fotos do Terno de Moçambique São Benedito de Olímpia e do Grupo Folclórico Boi Calemba Pintadinho de São Gonçalo do Amarante RN.

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