27 de março | 2022

Advogado distorce os fatos na polícia e diz que fotografou porque jornalistas evitavam citação

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DESCULPA ESFARRAPADA?
“Advogado colocou número do prédio errado e acusou na polícia os jornalistas de estarem evitando a citação. Será que até antes de ler esta notícia não sabia de seu próprio erro?”.
Para confirmar endereço que colocou errado em sua petição na justiça não era preciso fazer as coisas às escondidas. Era só comunicar o juízo o número correto.


No final da tarde de sexta-feira, por volta de 17 horas, o editor desta Folha, José Antônio Arantes, tomou conhecimento de um BO contra ele e sua filha Bruna Arantes e o seu advogado, Willian A. Zanolli, realizado pelo advogado AFB, que alegou que fotografou o prédio residencial onde o jornalista mora porque este e sua filha estariam se furtando a receber citação da justiça em processo que é patrocinado por ele.

No BO, o advogado coloca palavras na boca do jornalista que não foram ditas e alega que foi caluniado e difamado durante o programa de rádio Cidade em Destaque da última sexta-feira, quando o assunto foi abordado.

Segundo o jornalista, com o BO, o advogado mostrou mais ainda o seu destempero, pois se não tivesse tentado fazer tudo de forma dissimulada (esperando o jornal fechar para o almoço), tivesse dito a razão pela qual estaria fotografando o prédio de sua residência e não tivesse saído com cara de bravo, sem responder a pergunta do porquê estaria fotografando, nada disso teria acontecido.

SERÁ QUE O ADVOGADO NÃO SABE
QUE O NÚMERO DO PRÉDIO
QUE INDICOU NO PROCESSO ESTAVA ERRADO?

Arantes, que foi até ao cartório pouco antes das 18 horas para ver o processo citado pelo advogado, constatou que o AFB sim cometeu uma calúnia ao registrar o Boletim de Ocorrência na delegacia de Polícia local, ao dizer que o jornalista e sua filha estariam se furtando de receber a citação da justiça.

“Como eu e minha filha podemos ser acusados de se furtar de receber citação de oficial de justiça, se nunca fomos procurados. E, ademais, moramos na mesma residência há aproximadamente 40 anos. Não temos culpa e nem a justiça, se o dito “colega” advogado, ao invés de colocar o endereço dos acusados corretamente (1257), colocou nº 806. Aliás, o referido número, conforme consta no processo, é uma casa de aluguel que estava sob os cuidados de uma imobiliária e estava vazia”, complementou o jornalista e advogado José Antônio Arantes.

JORNALISTA NÃO ACREDITA NA DESCULPA
ESFARRAPADA DO COLEGA ADVOGADO

“Ademais, continua o jornalista que também é advogado, não tenho bola de cristal para adivinhar qual seria a intenção de um advogado que parece não ser afeito ao diálogo nem com seus colegas de profissão”, disse.

Arantes entende ainda que não dá para acreditar na versão de AFB mais de um ano depois de ter entrado com o processo, somente agora vir querer que os acusados fossem citados. “O jornal está aberto todo dia no mesmo local também há quase 40 anos e foi vítima de um atentado terrorista que foi divulgado não só no Brasil, mas até em várias outros países”.

O jornalista e advogado conclui dizendo que além de AFB não ter a função de intimar ou citar ninguém, a reforçar a tese de que esta não seria a verdadeira razão de ter vindo fotografar a sua residência, está o fato de ter ficado parado na esquina do quarteirão da David de Oliveira, e esperar que o funcionário abaixasse a porta do jornal para só assim, estacionar defronte o jornal, descer e fotografar.

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