26 de maio | 2013
Avaliação psicológica questionava até a vida íntima dos funcionários
Uma avaliação psicológica, que pelo menos estava sendo realizada pela Prefeitura Municipal de Olímpia, questionava até informações sobre a vida íntima de funcionários.
Consta que seria um trabalho que estaria sendo realizado por uma empresa que seria denominada por Laraia & Laraia, que segundo se comenta nos meios políticos, teria origem na cidade de Votuporanga.
Os primeiros funcionários pesquisados foram os professores da rede municipal de ensino e os funcionários da Secretaria da Educação que têm curso superior. Mas o trabalho acabou gerando reclamações justamente por causa de uma eventual invasão da privacidade dos mesmos.
Na tarde desta sexta-feira, dia 24, a própria secretária municipal de Educação, Eliana Antônia Duarte Bertoncello Monteiro, confirmou ter conhecimento dos mesmos comentários que chegaram à redação desta Folha durante esta semana.
No entanto, alegou não ter plena certeza do que se tratava: “Não posso afirmar porque eu não li, eu não vi nada disso. Dos comentários que as pessoas faziam é alguma coisa relacionada à vida pessoal da pessoa”. “Por isso eu pedi para parar na sexta-feira (17) à tarde, antes de começar a convocar os professores na terça-feira (21)”, acrescentou.
Aparentemente, pelo menos, a secretária teria sido pega de surpresa com a situação gerada pela avaliação: “Nós precisávamos rever algumas coisas da avaliação. Nada contra uma avaliação de perfil profissional, mas algumas coisas, no meu ponto de vista, precisariam ser ajustadas. Aí a empresa decidiu, entre eles mesmos, suspender (a avaliação)”.
Mas ela reforça que não tinha prévio conhecimento do que trataria a avaliação: “Eu sei também por ouvir falar porque isso não partiu de nós. A única coisa que fizemos foi emprestar o nosso salão para aplicação (do teste) e o que foi falado para nós é que todos os funcionários passariam por uma avaliação psicológica e precisava de um lugar onde os funcionários fossem reunidos”.
Segundo ela, os primeiros funcionários que começaram a passar pelo teste foram os professores. “Eles passaram na semana passada, a primeira turma na quarta-feira (15), a segunda na quinta-feira (16) e a terceira na sexta-feira (17). A quarta turma seria na terça-feira (21), mas pelos comentários que fui ouvindo dos professores algumas coisas não estavam ainda bem claras para nós”, informou.
Mas a preocupação surgiu quando as “reclamações” começaram a ganhar contornos além de uma situação que poderia ser considerada normal. “Começaram a surgir muitos questionamentos e então nós conversamos e achamos melhor parar. Eram reiteradas as conversas e no mesmo sentido”, finalizou.
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