01 de julho | 2007

Câmara aprova CEI para apurar denúncia de “metadinha”

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 Mesmo sem a necessidade de passar pelo plenário – bastavam apenas três assinaturas de vereadores para tanto -, a câmara municipal de Olímpia aprovou na sessão ordinária realizada na noite da segunda-feira (25), pedido de instauração de uma Comissão Especial de Investigação (CEI), com a finalidade de apurar as denúncias que já estão nas mãos do Ministério Público, da prática da chamada "metadinha".

O requerimento de pedido foi protocolado pelo vereador Antonio Delomodarme (Niquinha) (foto à direita) para apurar a denúncia de extorsão que teria sido praticada pelo vereador Valter Joaquim Bittencourt (Valtinho foto à esquerda) contra funcionários do legislativo quando do pagamento de gratificação em dezembro de 2005.

De acordo com a definição do presidente da câmara, Francisco Roque Ruiz, a CEI vai trabalhar sob a presidência de Niquinha e atuação dos vereadores José Elias de Moraes e Humberto José Puttini.

Sem necessidade para tanto, já que para a instalação de uma CEI bastava apenas assinaturas de três vereadores, o pedido foi discutido e votado pelo plenário da câmara e recebeu quatro votos favoráveis e um contrário.

Votaram a favor do requerimento os vereadores Antônio Delomodarme, Dirceu Bertoco, João Baptista Dias Magalhães e José Elias Morais, todos da bancada situacionista.

O voto contrário foi do vereador Marco Antônio Parolim de Carvalho, único que faz parte da bancada chamada de oposição e que estava presente à sessão. Os vereadores Eugênio José Zuliani, Humberto José Puttini, ambos em viagem a São Paulo e Valter Joaquim Bitencourt, alegando problemas de saúde, não compareceram à sessão.

A CEI está sendo aberta com base nas denúncias protocolada no Ministério Público (MP) pelo prefeito de Olímpia, Luiz Fernando Carneiro, corroboradas pelo próprio vereador Niquinha, que acusaram Valtinho de exigir dinheiro de servidores da câmara para a liberação de gratificações por serviços prestados nas sessões legislativas durante os anos de 2005. Na ocasião, a Câmara tinha como presidente o vereador Eugênio José Zuliani. Como se recorda, na denúncia que apresentou ao MP o prefeito afirma que os servidores foram obrigados a pagar entre R$ 100 e R$ 600 em troca da liberação das gratificações.

A CPI terá 120 dias para concluir as investigações. Esse prazo poderá ser prorrogado devido ao recesso do legislativo durante o mês de julho.

 

Ministério Público

Por outro lado, de acordo com informação veiculada em nota da Coluna do Diário da edição da quinta-feira (28), o Ministério Público de Olímpia, através do promotor dos Direitos Constitucionais do Cidadão, Gilberto Ramos de Oliveira Júnior já teria ouvido na quarta-feira (27) as últimas testemunhas no caso do suposto racha de salários de funcionários da câmara.

"O promotor fez mistério sobre o conteúdo das declarações e não revelou se vai denunciar o vereador Valter Bittencourt (PDT) – que teria coordenado o "rachid" – à Justiça", diz um trecho da nota publicada.

 

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