14 de janeiro | 2007

Caos do “Apagão”: Transformador danificado estava com 40 anos de uso

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 De acordo com a informação passada na noite da quinta-feira (12) pelo gerente de serviços de campo da região noroeste da CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz), João Marques, o transformador danificado tem 40 anos e nunca apresentou problemas. Ele disse que são feitas as manutenções preventivas é que foi uma situação ocasional.

"A manutenção é feita periodicamente. Passa por essa subestação um profissional todo dia, passa e faz a inspeção visual, testes de equipamento. Passa identificando e qualquer defeito ele propõe a manutenção. É um curto-circuito que ocorreu externamente e foi transferido para dentro", comentou em entrevista que concedeu à Rádio Menina.

João Marques explicou que raramente acontece esse tipo de defeito e que a demora para a substituição se deu por se tratar de um equipamento de potência muito grande e precisa de transporte especial para ser carregado.

Sobre o fato de crianças, conforme foi informado por vizinhos da subestação, terem facilidade para entrar no terreno em busca de pipas e bolas de futebol, ele explica que não é verdade, mas que, mesmo assim, como qualquer outro local, está sujeito a isso.

Ele justifica que em toda a volta há avisos sobre o perigo e que o alambrado apresenta dificuldades para ser ultrapassado.

Prejuízos

Sobre o ressarcimento de prejuízos, ele dá a entender que o consumidor, mesmo com o que classifica de bons resultados, está mesmo sujeito a ter prejuízos por causa do serviço prestado pela CPFL.

"A energia o sistema é aéreo, hoje nossos indicadores são de primeiro mundo. Os órgãos controladores, nós somos fiscalizados. Temos os melhores índices do país em termos de interrupção", disse.

Instado a falar o que faria se no caso fosse um consumidor prejudicado, disse: "procuraria entender um pouco melhor como é que funciona essa questão do órgão fiscalizador. Vamos ver qual o tempo que interrompeu? Qual o tempo que se pode um local ficar sem energia. Então você tem que analisar pra ver se isso é uma coisa …, porque acontece realmente de ter prejuízo, mas ele (consumidor) está sujeito a isso. Então tem que avaliar pra ver se isso é uma coisa extremamente grave só pra ele, ter um parâmetro. E parâmetro, eu acabei de falar, nosso sistema é totalmente confiável".

 Já o gerente de Poder Público da CPFL de Campinas, Giuliano Emanuel Vieira, ressaltou que foi um curto-circuito externo causado pelo pássaro: "Esse curto circuito de alta demanda invadiu a subestação queimando o nosso transformador".

Porém, mesmo em razão de vários curtos apagões que sempre têm sido verificados em Olímpia, o caso da quinta-feira (11) é considerado raro por ele. "Raríssimo. Estatisticamente acontece a cada 25 anos e infelizmente aconteceu aqui em Olímpia hoje", argumentou, descartando qualquer possibilidade de que o grande volume de chuva registrado na cidade nos últimos dias tenha qualquer ligação com o incidente.

Depois de tudo, o gerente não descartou, por pequena que possa ser, a possibilidade de voltar a ocorrer um problema da mesma espécie: "Tudo pode ocorrer e a gente não pode falar que nunca vou beber dessa água, mas historicamente isso não ocorre em 25 anos em outro lugar", finalizou.

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