Hotel também ficou alagado
no Jardim Universitário.

Uma forte chuva que caiu na tarde de sábado, 13, em Olímpia, foi o suficiente para reviver os problemas crônicos que a cidade enfrenta já há algumas décadas sem que se consiga chegar a uma solução. Agora, no entanto, a situação foi acrescida de agravantes, como a implantação de dezenas de loteamentos sem planejamento e infraestrutura suficientes para tornar o sistema de escoamento de águas fluviais capaz de absorver níveis excessivos de água das chuvas.

A chuva intermitente e intensa provocou novamente a subida do riacho Olhos D’água ao ponto de ficar próximo de transpor o nível de sua calha em todo o seu trajeto (corta a cidade ao meio). Só não acontecendo em razão de em toda a sua extensão, atualmente, a água correr mais rápida em razão da canalização.

Mais uma vez, os pontos de alagamento aconteceram no sentido do leito do córrego do Baixão que está canalizado com tubos que não suportam o volume de água provocado pelas chuvas, saindo da Avenida Mário Vieira Marcondes passando por debaixo do cruzamento com a Avenida Waldemar Lopes Ferraz e embaixo das residências descendo para a Aurora Forti Neves, passando pelo bairro São Benedito até chegar nas proximidades do Sindicato dos Bancários.

Mais uma vez o cruzamento das avenidas na parte alta ficou alagado. Também a região do sindicato ficou tomada pelas águas, sendo este inclusive o local onde se verificou a maior concentração de água.

Na região do São Benedito que chega até a região do Sindicato, inclusive já foram gastos milhões em obras e até uma complementação que se iniciou no final do último governo e foi concluída no final do ano passado, parece não ter adiantado.

Segundo informações seria necessária a substituição de toda a tubulação que passa onde era o antigo leito do córrego do Baixão que sai da Av. Mário Vieira Marcondes (parte alta) e chega no Sindicato dos Bancários nas proximidades da Aurora Forti Neves.

Quando da canalização do córrego a capacidade da tubulação foi mal dimensionada e não tem vazão suficiente para atender a demanda de toda a água gerada pela impermeabilização (pavimentação) de toda aquela região, compreendendo as Cohabs e outros conjuntos da parte alta, assim como o bairro Vila Nova e o Conjunto Vitório Parolim.

O problema é de difícil solução, pois esta tubulação atualmente tem dezenas de residências construídas há várias décadas. Para a sua substituição várias delas ficariam abaladas ou teriam que ser derrubadas.

OCORRÊNCIAS

A garagem de uma casa do Bairro São Benedito foi tomada pela água e, segundo o Corpo de Bombeiros, pelo menos três árvores caíram na cidade. Uma delas fez com que a Rua Bem-Te-Vi fosse interditada.

O muro de uma casa também chegou a cair com a força da água, mas de acordo com os bombeiros não houve registro de feridos ou desabrigados.

HOTEL VILA ITALIA FOI INVADIDO PELAS ÁGUAS

O Hotel Lazer Villa Itália, no Jardim Universitário, em razão da queda de um muro de um residencial que existe nas proximidades, acabou sendo invadido pelas águas e teve suas piscinas e apartamentos tomados pela enxurrada e pelo barro, obrigando funcionários, administradores e até hospedes a se unir para evitar maiores danos.

O prejuízo foi material, afetando móveis e até documentos da empresa que foram atingidos pelas águas. O Hotel, no entanto, voltou a funcionar no mesmo dia.

O hotel publicou no Facebook, no início da manhã do domingo o seguinte comunicado:

“O Hotel Lazer Villa Itália agradece em primeiro lugar, a todos os hóspedes que se uniram a administradores e funcionários e não mediram esforços em ajudar diante da fatalidade ocorrida no final da tarde de sábado, 13, quando após intensas chuvas se precipitarem em nossa região, suas dependências foram tomadas por fortes enxurradas que romperam seu portão principal e invadiram suas instalações trazendo consigo muito barro e até materiais de construção.

O fato se originou da queda de um muro de um residencial vizinho ao Hotel que fez acumular grande volume de água que acabou rompendo as barreiras que circundam o Hotel.

A atitude de nossos hóspedes nos confortou e fez com que revigorasse o nosso pensamento de que a solidariedade é um fator humano preponderante para o convívio em sociedade.

Queremos deixar consignado as nossas mais sinceras desculpas pelo transtorno e o desconforto causados, motivados por força maior que não poderia ser prevista, mas que, sem dúvidas, originarão medidas preventivas para que tal situação não volte a se repetir. Felizmente, os prejuízos foram apenas materiais.

Nossa eterna gratidão aos nossos funcionários, aos nossos hóspedes e a todos que nos ajudaram neste momento de infortúnio, mas que trouxeram a reafirmação da convicção de que através de sentimentos como este, de solidariedade, com certeza, conseguiremos construir uma sociedade mais justa, em que o amor ao próximo faça a diferença!”