26 de outubro | 2020

Coligação do prefeito denuncia grupo de Olmos por vídeo chulo do cunhado

Compartilhe:

VIDEO DO CHAPELUDO!
Representação deu entrada às 11 horas de
domingo contra Flávio Olmos, o irmão
e o cunhado que xingou o prefeito com
palavras de baixo calão.
A representação pede além da retirada
do conteúdo e o cancelamento de
grupos de Whats usados pelo gabinete
do ódio, multa de R$ 5 a 30 mil,
além de envio de cópia do processo
para o MP eleitoral e polícia federal.

 

A coligação que dá sustentação à candidatura a reeleição do prefeito Fernando Cunha, Olímpia Forte e Unida para Crescer Ainda mais, protocolou às 11h06 do domingo, uma representação por propaganda irregular através de vídeos ofensivos que teria sido realizada por Jorge Garres, que seria o atual companheiro de uma das irmãs do candidato Flávio Olmos, e que foi viralizada na internet por seu irmão e diretores de partidos que o apoiam.

Segundo a representação, que consta ser contra Olmos, o personagem do vídeo, Jorge Garres; a coligação Olímpia nas mãos do povo; o irmão Luiz Carlos Olmos; o presidente do PTB, Felipe Zacarias; e Samuel James de Paula Moura Florencio, que é candidato a vereador por partido da coligação de Flávio, a ofensa foi externalizada mediante vídeo difundido nesta semana em grupos de whatsapp para centenas de pessoas.

DOIS GRUPOS DE WHATS

Na peça está que foram identificados os disparos para dois grupos, mas que, “certamente, a capacidade de viralização deste vídeo é incomensurável”.

O autor do vídeo é o Representado Jorge Garres, apoiador ostensivo do primeiro representado e principal adversário do ofendido, Flávio Olmos que utilizou as seguintes palavras:

“Vocês são caras de pau mesmo, toma vergonha na cara Fernando Cunha deixa de ser pilantra, tu fodeu a cidade inteira. Você ferrou com o trabalho de todo mundo, várias lojas e comércios fecharam, muitos vendendo o almoço pra comprar a janta, tinha que fazer o dinheiro girar. Você ferrou com todo mundo rapaz, trancou todo mundo dentro de casa e ameaçou multar, você não tem vergonha nessa cara seu “lambisaco”, “pau no rabo”, “safado”, é isso que você é, quer me processar? Processe. Quer me bater? Me bata, mas você não me engana não rapaz nem a mim e nem a muitos que tem por aí”, fala Garres na gravação.

TOMA VERGONHA DA CARA PREFEITO DE BOSTA

E continua: “Vocês são muito cara de pau mesmo, bando de gente sem qualidade e vou falar uma coisa pra vocês, eu espero que a Polícia Federal chegue logo aí no interior e dá um apavoro em vocês pra vocês irem tudo para a cadeia. Cadê o dinheiro da Covid? Cadê o Hospital de Campanha? Porque eu não vi nada disso aí na cidade, ferrou com todo mundo e agora vem com esse papo furado de que peitou o governador, peitou o que rapaz, vocês acham que a gente é trouxa mesmo. Toma vergonha nessa cara prefeitinho de bosta”, conclui.

Consta ainda na representação que além de expressões marcadamente injuriosas e difamatórias, o vídeo de Jorge Garres aponta a prática de crime (calúnia), sugestionando que o atual prefeito candidato à reeleição não teria aplicado recursos para fazer frente ao enfrentamento ao COVID, e assim, sujeito à operação da Polícia Federal para arrestá-lo por supostos crimes, fazendo jus a ser preso!

Garres, de acordo com o documento que está no site da Justiça Eletioral, manteria relacionamento sério com Neide Aparecida Olmos, ou seja, do círculo familiar íntimo do candidato a prefeito Flávio Olmos.

PRIMATAS TAMBÉM AMAM

Na denúncia feita à justiça também consta que ofensivo vídeo começou a ganhar popularidade em listas de disparos e grupos e Luiz Carlos Olmos, irmão do candidato Flávio e cunhado do autor do vídeo, Garres, compartilhou o vídeo no grupo de whatsapp “Bar no Escritório” com 22 integrantes.

O vídeo também foi compartilhado em outro grupo, “Primatas também Amam”, que teria participantes. Quem encaminhou o vídeo, neste caso, foi Felipe Z. Zacharias Jr., que é presidente municipal do PTB, partido Coligado ao candidato Flávio Olmos. O PTB, inclusive, indicou o candidato a vice-prefeito, Flávio Vedovato.

O grupo de Whatsapp “Primatas também Amam” é administrado por Samuel James, candidato a vereador pelo PTB, partido da base de apoio de Flávio Olmos, e que foi o Secretário da Convenção que sagrou a aliança entre os partidos.

O próprio Flávio integra tal grupo e não é de hoje, destaca a representação, que se verifica a existência de disparos articulados para propagar desinformação, consistente um gabinete de ódio oposicionista para incitar e falsear a verdade e macular a honorabilidade – indevidamente – dos que estejam ocupando funções políticas diretivas.

RAZÕES DA REPRESENTAÇÃO E PEDIDO DE MULTA

As agressões assacadas pelo primeiro representado e compartilhada pelos Representados Luiz Carlos e Felipe tiveram nítido propósito eleitoral com viés negativo, contra reputação e a honorabilidade do candidato Fernando Cunha. A propaganda negativa, pois, tem como propósito beneficiar o seu opositor político, Flávio Olmos e que é o candidato de todos os representados. Dúvidas não há sobre a  articulação e o prévio conhecimento de Flávio Olmos sobre o vídeo e o seu conteúdo, posto que:

– o vídeo foi produzido pelo cunhado do candidato, Jorge Garres;

– o vídeo foi compartilhado no grupo “Bar no Escritório” pelo irmão do candidato, Luiz Carlos Olmos;

– o vídeo foi compartilhado no grupo “Primatas” pelo presidente do PTB, Felipe Zacharias, principal partido da Coligação do candidato Flávio Olmos, que indicou o candidato a vice;

– o grupo “Primatas” é administrado pelo também candidato a vereador e secretário do Diretório local do PTB, Samuel James, que não interveio, censurou, bloqueou ou fez qualquer tipo de juízo de reprovação ao conteúdo ofensivo.

– o próprio candidato Flávio Olmos é participante do grupo “Primatas”.

A coligação requereu, ao final, a concessão de medida liminar para que os Representados se abstenham de difundir o vídeo contendo o vídeo ofensivo acima descrito, bem como seja conferida ordem aos autores e administradores dos grupos para exclusão dos grupos citados e tantos outros que os Representados participem, ante a presença de verossimilhança do pedido e do perigo de irreversibilidade da medida.

Além disso a representação requer que seja aplicada multa no valor de R$ 5 mil à R$ 30 mil, e ainda, que cópias do processo sejam encaminhadas à Polícia Federal e Ministério Público Eleitoral para apurar a prática de condutas tipificadas nos artigos 323, 324, 325 e 326 do Código Eleitoral por parte de todos os Representados, inclusive para o candidato beneficiário (art. 336 do Código Eleitoral).

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas