09 de novembro | 2008

Comércio espera até 50% de aumento nas vendas de Natal

Compartilhe:

 

Mesmo que sem a euforia de outros finais de ano, quando as notícias nem de longe lembravam grandes crises financeiras mundiais e muitos menos, domésticas, o comércio de Olímpia trabalha com expectativa de até 50% de aumento nas vendas do próximo final de ano. Principalmente, quando se falta em vendas à vista, situação que tira o consumidor do pagamento de juros que, embora ainda não se tenha sinalizado para tanto, se acontecer uma alta significativa não surpreenderá a ninguém.

Uma situação, porém, que divide opiniões. O gerente do Magazine Luiza, Fábio Andrei Zocoler Lopes, que acredita e pretende um crescimento de 30% em relação às vendas do mesmo período de 2007, relata que em 2008 as vendas foram maiores em todos os meses. Ele acredita que a mesma situação se repita no final de ano. "Todos os meses tivemos crescimento em relação ao ano passado", enfatiza.

Por outro lado, assevera que até o momento a crise não acarretou em relação a preços: "e acredito que não vá acarretar". Até agora, segundo ele, a empresa não teve nenhuma alteração de preços e, ao mesmo tempo, adotou a política de não aumentar as taxas de juros de seus planos de financiamento. "Estamos sim praticando alguns planos especiais no cartão com taxas bem reduzidas", contou.

Problemas de preços, ao que parece, não há para nenhuma empresa, mas a vendedora Juliana Bitencourt, da loja World Point Sol e Lua, embora com expectativa de aumentar as vendas pelo menos 50%, reclama do atraso dos fornecedores para atender os pedidos. Ao falar de problemas relatou: "O que tem acontecido é atraso de entrega de mercadoria, mas em relação a preços não".

Mesmo que mínima a expectativa é sempre de vender mais que no ano anterior. O gerente Marcelo Carvalho, J. Mahfuz, mesmo com a crise financeira mundial aposta no 13.º salário e abonos festivos. "Essas pessoas geralmente comprarão à vista e este preço, talvez será mais facilitado do que o atual preço a prazo", afirma.

Embora descarte qualquer dificuldade para vender à vista, Carvalho acredita que podem surgir problemas no caso das vendas pelo crediário: "devido aos juros que até o momento não subiu, mas creio que poderá subir no mês de dezembro".

Veículos

Aparentemente, o segmento que deverá sofrer no final de 2008 será o de revenda de veículos. A expectativa do gerente comercial da Faria Veículos, José Antonio Gil, é de um momento sem euforia, embora acredita que se houver queda em relação ao mesmo período de 2007, deverá ser no máximo em torno de 10%.

"Até o momento não temos uma definição do que possa acontecer de agora para frente. O que já vimos é que não está mais aquela euforia que estava antes. A procura na loja diminuiu um pouco. Hoje estamos com 10% menos do que foi a história de vendas da gente. Mas ainda não dá para saber se isso é uma tendência ou não", comenta.

Porém, ainda não viu nenhuma sinalização de que a crise financeira possa interferir no mercado de veículos. "Está tudo normal", enfatiza. Gil informa que os fornecedores não demonstram mudança de comportamento. "A política de comercialização permanece a mesma, quer dizer, sem nenhuma mudança", finaliza.

 

Compartilhe:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do iFolha; a responsabilidade é do autor da mensagem.

Você deve se logar no site para enviar um comentário. Clique aqui e faça o login!

Ainda não tem nenhum comentário para esse post. Seja o primeiro a comentar!

Mais lidas