08 de abril | 2012

Consumidores reprovam fim da distribuição de sacolinhas

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Consumidores entrevistados na tarde desta quinta-feira, dia 5, estão reprovando o fim da distribuição das sacolinhas plásticas gratuitas pelos supermercados da cidade. Além da grande dificuldade para carregar os produtos que adquirem, citam também que muitas vezes não há como estar prevenido para a compra.

Afora essas situações há também quem alegue que as sacolinhas eram distribuídas gratuitamente e que seus custos já estariam embutidos nos preços dos produtos. Por isso, acham errado encerrar pura e simplesmente a distribuição.


Embora tendo adquirido apenas um produto, a estudante Fernanda Oliveira de Lima relatou que viu pessoas saindo do supermercado com os produtos na mão. “Para quem compra mais coisas, eu vi saindo com as coisas na mão, fica meio difícil”, comentou.


Embora leve de sua casa uma sacola maior, a doméstica Vera Lúcia Scarfaro reclama das condições que tem de carregar a compra. “Tenho que colocar (tudo) aqui dentro e misturo detergente com comida e isso não dá certo”, reclama.


Para a auxiliar de serviços gerais Noeli Lopes da Silva, a dificuldade é a adaptação à nova situação e sempre lembrar de carregar uma sacola. Quando esquece é obrigada a comprar, situação que já ocorreu com ela. “Acho que isso é uma coisa desnecessária e que tem tantas outras bem mais importantes para mudar. Isso não vai fazer muita diferença em relação ao meio ambiente”, afirmou comentando a medida.


O autônomo Sebastião Rosa também reclama da nova situação e que já desistiu de fazer alguma compra por não ter como carregar os produtos. “Tem vez que chego aqui e deixo tudo, volto sem nada porque não tem jeito de levar porque não trago sacolas”, disse.


Mesmo não concordando mostra uma sacola que adquiriu há alguns dias e acrescentou: “Está errado esse negócio de sacola. Não adianta pensar em comprar sacolinhas de plásticos para poder levar as compras. Nunca teve isso”.


O segurança Sonia de Abreu Coruja também reclama: “A obrigação deles é dar sacolinhas e não estão dando sacolinhas. Agora vou ter que levar todas as coisas na mão? Quando eu esqueço levo na mão e fica difícil”.


Embora tenha adquirido uma sacola que custou R$ 0,60 para carregar sua compra, o ajudante externo Eliel de Souza Duarte também não concorda com a medida. “Não é muito certo não, porque eu já estou gastando no mercado”, enfatizou.


OUTRO LADO

A Folha ouviu o gerente de uma das lojas do Supermercado Iquegami, Paulo Henrique Fachini.

Segundo ele a empresa está seguindo o que consta no TAC (Termo de Ajuste de Conduta) e vai continuar.

“Nós vamos seguir o que está no termo de acordo, seguir o que está na norma, as sacolinhas plásticas, nós não vamos distribuir mais e damos a opção para o cliente a compra da sacolinha plástica que custa R$ 0,59, temos as retornáveis, temos as de R$ 1,99, e as R$ 2,35. As sacolinhas plásticas retornáveis não vai ter mais. Nós também não vamos ter as sacolinhas biodegradáveis, somente as sacolas retornáveis”, afirmou.


Embora procurado, não foi possível a direção do Tome Leve. Em todas as vezes foi alegado que estava em reunião. Já no caso do supermercado Extra a informação tem que ser enviada pela diretoria em São Paulo.


FIM DO ACORDO

De acordo com a Apas, desde a quarta-feira desta semana, dia 4, no restante do Estado de São Paulo, com exceção de Rio Preto, os supermercados deixaram de entregar sacolas descartáveis e não podem também vender as opções biocompostáveis, apenas as reutilizáveis.

Segundo a entidade, os supermercados vão cumprir a lei oferecendo algum tipo de embalagem aos consumidores, mas o principal trabalho é priorizar o movimento de conscientização para que o consumidor se torne consciente.


Os supermercados terão de vender opções reutilizáveis por R$ 0,59. Os consumidores podem tirar dúvidas, até maio, pelo telefone 0800 580-5000, de segunda a sexta-feira, das 9 às 21 horas.

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