14 de agosto | 2016

Decadência cultural do Fefol acaba em polêmica na internet

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Embora em alguns tópicos possa até ser notado que mesmo depois de muito debate muita gente ainda não percebeu o verdadeiro sentido do Festival do Folclore (Fefol) idealizado e criado pelo professor José Sant’anna, a decadência do festival acabou virando uma polêmica na internet, principalmente em várias páginas do Facebook. Entretanto, em meio a tanta pobreza cultural há pessoas que ainda defendem a ideia de apresentação de grandes shows após as apresentações dos grupos folclóricos como forma de manter a arquibancada da arena cultural lotada ou mesmo reclamando dos preços praticados no Recinto de Exposições e Praça das Atividades Folclóricas Professor José Sant’anna.

É preciso lembrar, mais uma vez, que o legado deixado pelo professor não está na composição de um grande público, mas sim de um público específico que se desloca em busca de pesquisas para ampliar seu conhecimento sobre folclore.

Além disso, Sant’anna sempre dizia que o principal era ter grupos folclóricos observando as apresentações de outros grupos no sentido de um intercâmbio cultural.

Mas uma grande cobrança em cima do que está ocorrendo neste ano foi em uma publicação do blogueiro Leonardo Concon, em sua página no facebook: “Apesar dos insistentes discursos de que o Festival de Folclore está mais vivo do que nunca, concordo com o meu amigo Orlando Rodrigues da Costa: música sertanojo dentro do Recinto? Arquibancadas vazias em um domingo? E no sábado de abertura, após a apresentação das crianças, o que foi aquilo de esvaziar as arquibancadas? Parque lotado, arena vazia. Grupos tradicionais que não vieram. Cadê as comidas típicas? Barracão dos Gaúchos fechada… Comerciantes desanimados ontem. E agora, José”, questionou. A questão acabou esbarrando na Festa do Peão.

Em cima disso uma internauta afirmou: “cada um tem um gosto e gasta no que prefere, às vezes acha melhor gasta em um dia de festa do peão do que em vários de folclore. Infelizmente folclore para uns não é cultura”. “Isso mesmo. Infelizmente na minha opinião Fefol já era. Virou quermessão”, acrescentou Concon.

Outra internauta cobrou: “Folclore era bom quando tinha as barraquinhas nas calçadas aquele tempo sim era bom, mas infelizmente não temos mais”. Mas Bruna Arantes Savegnago acrescentou: “O problema é que as pessoas que fazem parte desta comissão não tem conhecimento nenhum sobre folclore. Se é para fazer uma festa comercial como está ocorrendo, então comecem a cobrar portaria, coloca shows e pronto e encerra de uma vez por todas essa palhaçada. Porque Folclore, para quem não sabe é a cultura popular, são conjuntos de costumes, tradições, ou vocês acham que folclore, é mu­lher de fio dental de bunda de fora, ou aquele povo do bale”.

“Fiquei no sábado até o horário que minhas filhas quiseram ficar encantadas com as danças assistiram o tempo todo e que alegria. Também vi várias crianças se divertindo, mas esvaziou de uma tal maneira fiquei com pena dos grupos vieram de longe dançando e poucas pessoas prestigiando”, relatou uma internauta. Mas um internauta destacou: “A verdade não é que o Folclore está acabando e sim certas pessoas que estão acabando com o Folclore, falta mais amor e não interesses pessoais”.

“Realmente, o Festival tem perdido a sua essência gra­da­tivamente. Infelizmente hoje não passa de um quermessão parafolclórico. Ao meu ver, a única maneira de resgatar as raízes do nosso Festival, seria coloca-lo como prioridade cultural do município. Tenho saudades dos festivais que tinham a “cara” do nosso querido Professor José Sant’anna”, reforçou outro.

Uma internauta cobrou: “Música sertaneja na barraca atrapalhando o palco, falta de interesse coletivo, grupo sem músicos, discurso de crise que não cola e pessoas que visam somente o interesse pessoal. A essência ficou de lado faz tempo e ninguém faz nada a respeito”.

Já em sua página no Face­book, o radialista Orlando Ro­drigues da Costa questionou uma apresentação do sábado: “Espera um pouco. Esse tal de Chique-Chique se apresentou mesmo sem músicos? Som eletrônico? Computador no lugar de tocadores? Já não basta a barraca com sertanejo universitário? Enterra que o Fefol morreu”.

A internauta Cristina Prado escreveu que não adianta ficar criticando aqui no facebook e não fazer algo de concreto a respeito”. Bruna Arantes acrescentou: “O pior Orlando Rodrigues da Costa, é que ainda somos culpados por criticar uma coisa que vem sendo mal feita a tempos. O problema é que ninguém que está nesta comissão entende é que não basta apenas fazer, tem que fazer e fazer certo porque se continuar só fazendo desta forma irá continuar sendo motivo de críticas sim porque está uma vergonha”. João Norberto Gianotto acrescentou: “Falta conhecimento e competência da comissão”.

 
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