30 de março | 2009

Delegada não considera casos de Olímpia como pedofilia

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 A delegada Maria Tereza Ferreira Vendramel (foto), há aproximadamente um ano como titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), de Olímpia, não considera pedofilia os casos registrados na cidade. Em nota que enviou nesta sexta-feira, dia 27, à redação desta Folha, explica que os dois casos registrados no segundo semestre de 2008, que estão aguardando julgamento, ela trata como atentados violentos ao pudor. O crime de pedofilia, segundo explicou, ocorre quando há a prática reiterada de abusos sexuais de menores, sem a individualização dos mesmos.

"Não tivemos, até o momento em Olímpia, nenhum caso registrado de rede de pedofilia, pois pedofilia é a prática reiterada de abusos de menores sem a individualização do menor. Isto é, o pedófilo abusa de vários menores de identidades diferentes, o que ainda não se teve notícia aqui em Olímpia. O que ocorre às vezes, são denúncias de abusos sexuais a menores certos, individualizados, os quais são devidamente investigados com elaboração de exames no IML, provas testemunhas e etc., que se positivadas, são instaurados inquéritos policiais e conforme o caso, decretada a prisão imediata do autor", explicou na nota.

Antes, porém, havia fornecido informações sobre os dois casos. Num deles, foi instaurado inquérito para apurar possível prática de atentado violento ao pudor que teria sido praticado por G.de S., contra um garoto do Jardim Santa Efigênia, em outubro de 2008.

O outro caso, registrado em novembro de 2008, no Distrito de Ribeiro dos Santos, no qual T., é acusado de tentar contra um garoto mostrando cenas de sexo, à noite, no campo de futebol do lugar. Embora o laudo tenha sido negativo para a prática de ato sexual, o acusado continua preso na cadeia pública de Severínia, aguardando decisão da justiça.

Por outro lado, considera lamentável o que ocorreu na em Catanduva e considera que "as autoridades locais estão fazendo um excelente trabalho, o que já culminou com a prisão de vários autores da rede".

Para a delegada os pais devem ficar sempre atentos a qualquer mudança de comportamento dos filhos e conversar com eles sempre: "Acompanhar as crianças quando estão na Internet, pois algumas vezes passam horas quietinhas na frente do computador e entram nas salas de bate-papo, onde, às vezes, pode ocorrer algum contato, pois os pedófilos sabem se esconder".

Vendramel destaca que é importante lembrar que um pedófilo não porta um perfil de pedófilo e na maior das vezes, é amigo da família ou mesmo da criança: "Partindo daí a criança inocente aceita o abuso por mais chocante que isso possa parecer, pois é um ser em formação e sua curiosidade ajuda mais do que tudo, o pedófilo". "Mas em Olímpia, por enquanto, não há motivo para alarde. Não temos nenhum caso de rede de pedofilia", acrescentou.

 

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