27 de janeiro | 2009
ENQUETE: O que poderia levar uma pessoa a sair distribuindo facadas num dia de festas?
A violência está presente no cotidiano das pessoas. Em alguns casos mais próximos e outros mais distantes, mas é comum relatos que chamam a atenção de quem nunca espera por atitudes como a que aconteceu no dia 1.º de janeiro deste ano, quando um cidadão, na passagem do ano novo, desferiu golpes de faca em cinco pessoas, chegando a tirar a vida de duas delas que, ao que consta, nem mesmo sabiam o que estava acontecendo.
Por isso, esta semana esta Folha traz entrevistas com pessoas que podem, pelo menos em parte, explicar o que acontece e por que o ser humano, às vezes, age com tanta violência.
Para o pastor evangélico Danilo César Feliciano Olmedo, a distância que mantêm de Deus leva seres humanos à praticas de atos de violência, como aconteceu na madrugada do dia 1.º de janeiro de 2009, quando uma pessoa esfaqueou cinco pessoas, levando duas à morte. "Essas pessoas que estão cometendo esse tipo de erro, é que estão muito longe e não querem saber de Deus", comenta.
Distúrbio
Embora tenha preferido não emitir uma opinião profissional sobre a questão, a assistente social Cristina Esteves Kiill, mesmo não podendo fazer um diagnóstico sem conhecer o paciente, sua família e mesmo as circunstâncias, afirma que, possivelmente, "há um distúrbio emocional psíquico ou um problema espiritual porque as pessoas estão muito longe de Deus".
A falta de estrutura familiar e até mesmo a falta de nivelamento social são fatores que podem levar as pessoas à pratica de atos violentos, é o que se pode depreender das explicações dadas pelo psicólogo e psicanalista, Gabriel Miranda Eugênio.
Para o padre Ivanaldo Gonçalves de Mendonça, responsável pela Quase Paróquia São José, zona sul da cidade de Olímpia, as atitudes de violência extrema podem advir de fatores externos à mente das pessoas, causando grande impacto na sociedade.
Inicialmente, explicando que antes de tudo é preciso analisar o histórico da pessoa, ou seja, o que ela é desde a fase de infância até ser adulta, a psicóloga Juliana Ducatti, explica que vítimas de transtorno bipolar estão sujeitas a prática de atos de extrema violência. Porém, avisa que depende da personalidade da pessoa. "Ele pode ter um transtorno bipolar", afirma.
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