08 de junho | 2008

Família, religião e trabalho: tripé que dá segurança e o equilíbrio psicológico e social

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 O delegado de polícia João Brocanello Neto (foto) explica que o ser humano precisa estar calcado de três preceitos básicos: família, religião e o trabalho. "É o tripé que dá a segurança e o equilíbrio psicológico e social para que o ser humano continue suportando todas as atribulações da vida corrente", afirma.

Até por ser um praticante do espiritismo convicto, que acredita na vida eterna e não apenas na corporal – período que o espírito passa pela terra encarnado no corpo de um ser humano – Brocanello demonstra ficar bastante contrariado quando vê um caso detentativa ou de suicídio propriamente dito.

"Excesso de coragem e ao mesmo tempo excesso de covardia. A verdade é uma só, a morte não vai resolver o problema. Para quem acredita no espiritismo, na vida eterna e não na vida corporal, isso só vai aumentar o problema e se a gente se acovardar, não resolve também", diz.

A pessoa, diz Brocanello, tem que encarar os problemas de frente e se estiver precisando de apoio e ajuda, tem que buscar com algum profissional, com amigos ou até mesmo na família.

Entretanto, se problemas sociais e financeiros são motivos para se matar, a tendência, na visão do delegado, é que a situação fique ainda mais difícil. A avaliação, segundo ele, tem como base uma reunião de líderes mundiais sobre o problema da fome. "Já pensou faltar comida? Aí que a coisa vai ficar mais violenta mesmo", acrescenta.

Ele não sabe se a falta de emprego é um fator causador e reforça que as causas são a falta de fé em Deus e do apoio familiar, principais fatores que aponta para o ser humano conseguir suportar as atribulações da vida.

"Emprego, a gente acha em qualquer fileira. Agora, tem gente que quer escolher a área e quer escolher algo que mais lhe convém. Tem muita gente que gosta de ganhar muito e ganha pouco. É por isso que não vai encontrar, às vezes, um bom emprego", justifica.

O tripé da vida, avalia o delegado, dá mais possibilidade para a pessoa suportar todos os problemas da vida cotidiana, muito mais do que o respaldo, por exemplo, da bebida ou das falsas amizades.

Para ele, achar que o bom emprego é aquele que se paga muito e trabalha pouco não representa a solução dos problemas. "Nossa realidade, infelizmente, é muito difícil. O brasileiro tem carência de cultura e, por outro lado, nossa mão-de-obra não é tão especializada assim. Sobra serviço pesado. Então, tem que caminhar e carregar o piano, como diz a gíria", indica.

O tom drástico surge quando fala em formas de solucionar ou, pelo menos, diminuir a intensidade de casos que vêm sendo registrados na cidade. "O ser humano está muito distante da religião e precisa buscar mais forças em Deus, a parte espiritualizada da coisa, porque temos que acreditar num ser mais forte do que a matéria, do que a terra, do que o sol, do que o ser humano. Em Geremias fala: Maldito o homem que confia no homem", finaliza.

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