29 de março | 2012

Filha de açougueiro diz que sempre viu pai maltratar sua mãe

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A filha do açougueiro Genilson Fernandes de Souza, de 37 anos de idade, cujo nome está sendo preservado, afirmou em uma reportagem exibida no programa Band Cidade, mostrado diariamente no início da noite através da Band de Presidente Prudente, que sempre viu o pai maltratar sua mãe.

Seu relato reforça o grau de violência que marcou a morte de sua mãe, a dona de casa Leonice Fernandes, de 34 anos, no início da madrugada da segunda-feira desta semana, dia 26. "Minha mãe aguentou ele por 19 anos e eu há 11 anos", afirmou desconsolada a menina de apenas 11 anos de idade.

Na reportagem da repórter Ligiane Gonçalves, a menina relatou o que sabia sobre o crime. "Meu pai pegou uma faca do açougue para matar minha mãe. De repente ele deu duas facadas no peito e minha mãe gritou. Nisso eu e meu irmão acordamos. Eu fui chamar minha avó e ele (açougueiro) saiu correndo pelo mato", afirmou.

Mas ela contou também que seu irmão ainda conseguiu tirar o pai de cima da mãe jogando-o ao chão, mas que mesmo assim foi impossível evitar a morte até em razão do golpe certeiro desferido pelo assassino. "Quando ela chegou na porta do hospital ela deu o último suspiro", disse.

Um crime passional que além de familiares e amigos do casal, chocou toda a população de Olímpia, uma vez que o açougueiro surpreendeu a esposa enquanto ela dormia e a matou praticamente na frente dos três filhos.

No velório de Leonice Fernandes os parentes inconformados tentavam entender o porquê de tanta maldade. "Esse cara foi animal gente. Pelo amor de Deus. Meu Deus do Céu", disse aos prantos a irmã de Leonice, Cláudia Fernandes Stefanini.

Ao que tudo indica a violência praticada por Genilson contra a esposa era constante e já vinha de muito tempo. "Ele era muito ruim para ela. Ela falava tia vou acabar morrendo nas mãos dele", contou a tia de Leonice, Nair Silva Lima.

Uma mistura de ódio e pena do assassino pode ser notada nas palavras de outra irmã de Leonice, Cleonice Fernandes Stefanini. "O que ele fez com ela? Ele não vai trazer a vida de minha irmã de volta. Mas só que a vida dele também já era", argumentou.

A mãe de Leonice, Neuza Maria Lima Stefanini, conta que o assassino da filha sempre foi um homem violento e que por diversas vezes fez ameaças. "Maldoso ele era. Ameaçava demais da conta", relatou.

Mesmo assim, enfrentando todo grau de violência que seria imposto por Genilson, os familiares contam que a Leonice era uma mulher trabalhadora, boa mãe e que tinha muita alegria de viver.

De acordo com a irmã Cleonice, ela era "divertida, animada", contou. "Se você estava triste ela te levantava para cima. Se você estivesse em uma festa que ela não estava, nossa não tinha festa", acrescentou.

O mais chocante foi que ele fez tudo na frente dos três filhos do casal: uma menina de 11 anos e dois meninos de 14 e 8 anos de idade. Genilson esperou que todos já estivessem dormindo para executar seu plano cruel.

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