05 de abril | 2020
Folha completa 40 anos e vive o momento de maior incerteza por causa da pandemia
FUTURO INCERTO! A Folha sempre manteve uma postura de independência e os seus arquivos são prova cabal disso.
“Para o futuro – acrescenta o editor – não existe um caminho certo a seguir. Não existe um planejamento possível ou imaginável diante dos aspectos tecnologia e as mudanças que certamente irão advir do pós pandemia do novo coronavírus”.
A Folha da Região completa seus 40 anos de circulação ininterrupta no último dia 3 de abril, enfrentando seu momento de maior incerteza por causa da pandemia que poderá provocar uma revolução total não apenas no modo de vida das pessoas, mas, principalmente na economia como um todo.
Se, com o avanço da tecnologia, a situação começou a ficar cada vez mais complicada para os veículos impressos em cidades de pequeno e médio porte, por causa da mudança de hábito da população, com a pandemia e suas evoluções inimagináveis, a Folha da Região vive o seu momento de maior incerteza.
A história da Folha foi marcada pelas dificuldades que geralmente passam veículos de imprensa de cidades do porte de Olímpia, mas graças ao empenho e ao acreditar que fazer jornalismo sério era possível mesmo onde sempre existiram políticos descendentes politicamente de coronéis se manteve ao longo das últimas quatro décadas.
“Graças ao trabalho dedicado da parte de todos os profissionais que por aqui passaram, chegamos até aqui, comenta o editor do jornal, filósofo, advogado e jornalista José Antônio Arantes.
De acordo com ele, a Folha sempre manteve uma postura de independência e os seus arquivos são prova cabal disso. “Sempre, quem está fora do poder, adora a linha editorial do jornal, mas quando entra no poder muda de opinião. Este jornalista, que edita o jornal desde a sua fundação, inclusive, por não se subverter a todos eles, acabou conquistando uma legião de ex amigos, até de infância”, acrescenta.
Mas a proposta, embora com todas as mudanças tecnológicas, continua a mesma “que é defender os interesses de seus leitores, da sociedade como um todo e não o interesse pessoal de quem quer que seja. Fisicamente passamos por várias mudanças e já há mais de uma década temos também a edição na internet que também passou por adaptações e melhorias, tudo visando atender aos interesses dos leitores de Olímpia e região”.
“Para o futuro – acrescenta o editor – não existe um caminho certo a seguir. Não existe um planejamento possível ou imaginável diante dos aspectos tecnologia e as mudanças que certamente irão advir do pós pandemia do novo coronavírus”.
ESCREVENDO A HISTÓRIA! Médico olimpiense ocupava a Secretaria do Interior do governador Paulo Maluf.
Faltam poucos anos de publicações que terão que ser escaneadas para que a Folha tenha todas as suas edições digitalizadas e transformadas em arquivos pdf.
Progressos e desavenças políticas marcaram 1.ª edição desta Folha
A primeira das 2466 edições que, nos últimos 40 anos retrataram a história de Olímpia, que circulou no dia 3 de abril de 1980, contava sobre possíveis progressos que estavam programados para a cidade. Mas também, para não ser diferente da atualidade, mostrava as desavenças políticas que já marcavam a vida da cidade e, consequentemente, da própria população que, até então, não passava dos cerca de 30 mil habitantes.
Uma pesquisa, agora mais rápida, pois não é mais preciso folhear os arquivos em papel, mostra que o município tinha bastante representatividade política. A Secretaria do Interior do então governador Paulo Salim Maluf, era ocupada pelo médico de família tradicional olimpiense, Waldemar Lopes Ferraz.
A informação dava conta de que Ferraz poderia ficar sem o cargo por ter um relacionamento bastante estreito com o então deputado federal Rafael Baldacci, situação que não agradava ao governador Paulo Maluf.
Ainda na seara da política, mas local, a câmara municipal também tinha suas desavenças. Na ocasião o debate era sobre a manutenção ou não do sistema de ‘semana inglesa’, implantado em 1977 e que organiza o comércio local até hoje.
Dois projetos estavam em discussão, um deles do vereador Américo Battaus, que regulamentava o fechamento de todos os estabelecimentos comerciais aos domingos. O outro, do prefeito Álvaro Marreta Cassiano Ayusso, visava o fim do sistema.
Por outro lado, o prefeito havia autorizado a Prodem (Progresso e Desenvolvimento Municipal) a implantar o serviço de transporte urbano, em razão do crescimento da cidade, principalmente através do Conjunto Jardim José Trindade, então conhecido apenas por Cohab.
Arquivo digitalizado
Alias, por falar em pesquisa, nesta edição que marca o início do 41º ano de existência desta Folha, vale a pena destacar que todas as edições estão passando por um processo de digitalização.
O editor desta Folha, advogado e jornalista José Antônio Arantes, explica que nos últimos anos a Folha tem realizado um serviço de “escaneamento” de imagens de suas edições mais antigas que ainda não eram digitalizadas.
“O processo é lento, pois é preciso desencadernar pagina por página das edições de aproximadamente 20 anos para poder transformar todas as edições do jornal em PDF, formato que tem se tornado universal para arquivo. Mas, no máximo em mais um ano, todas as publicações desta Folha poderão ser consultadas no computador ou mesmo pelo “smartphone”, não tendo mais que se folhear os arquivos de papel”, observou.
VEJA ABAIXO AS HOMENAGENS RECEBIDAS PELA FOLHA.
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