15 de novembro | 2009

Internada em Votuporanga criança que médico se recusou a transportar

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Foi internada, dia 12, quinta-feira, uma criança recém-nascida com problemas cardíacos na Santa Casa de Olímpia, por volta das 16h30. Pelo menos isso é o que se depreende da informação di­vulgada no início da noite de quinta-feira, por volta das 19 horas, pela Tv Tem.

Embora a gravidade do caso tivesse sido detectada imediatamente, ela foi transferida somente quase 21 horas depois, no meio da tarde da sexta-feira, dia 13, por volta das 14h30, para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neo­natal, da cidade de Votu­poranga.

A demora foi porque o médico que acompanhava a UTI móvel se recusou a transportar o bebe. A vaga foi solicitada por volta das 17 horas, mas somente foi liberada por volta de uma hora da madrugada da sexta-feira, para um hospital de Jales.

De acordo com a provedora do hospital, Helena de Souza Pereira, a ambulância chegou às 3h22 e, depois de entrar na Santa Casa saiu rapidamente avisando que não realizaria o transporte. A unidade móvel deixou o hospital às 4h02. Toda a situação foi filmada pelo sistema interno de segurança da Santa Casa. “Foi uma falha muito grande desse médico e ele vai ser responsabilizado por isso, porque o hospital vai acioná-lo”, garantiu.

Por causa disso o médico pediatra, Cláudio César Rodrigues Mo­reira, foi acionado às 3h50, mas não conseguiu convencer o colega que acompanhava a ambulância. “Você estabiliza a criança na incubadora de transporte e leva tranqüilamente e a responsabilidade é toda minha, se acontecer qualquer coisa. Essa criança precisa no momento de uma UTI. Eu não tenho recurso de UTI aqui no hospital. Ai pegou e subiu na UTI e foi embora”, relatou o que se passou.

A mãe, Daiane Fossalussa, de apenas 18 anos de idade, que reside na rua Valentim Ferranti, número 375, Jardim Cisoto, zona leste da cidade de Olímpia, não conseguia entender a situação. “Nós ficamos desesperados eu e meu marido não sabíamos o que fazia e até ficamos abismados nas coisas que ele falou dizendo que não podia levar, que ele não era especialista para tirar uma criança de lá para levar”, disse.

Na própria sexta-feira o caso chegou ao diretor da CENE Hospitalar, Márcio Sansão, que defendeu a atitude adotada pelo seu profissional, em não realizar o transporte da criança em razão do quadro clínico que apresentava no momento em que chegou ao hospital.

“O quadro do paciente tinha uma determinada gravidade, mas apresentou uma instabilidade que não era o quadro normal dele enquanto estava no hospital. E essa instabilidade, constatada pelo médico, fez com que ele tomasse a conduta de não transportar”, declarou à emissora de televisão. 

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