12 de fevereiro | 2014

Irmãos acusados de matar Major alegam legítima defesa

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Acompanhados do advogado Galib Jorge Tannuri, os irmãos que estão sendo acusados de matar Sidnei Antônio Smolari, vulgo Major, de 50 anos de idade, se apresentaram ao delegado Cezar Aparecido Martins na tarde da terça-feira, dia 11, alegando legítima defesa. Os dois prestaram depoimentos e foram liberados em seguida, a princípio para responderem ao processo em liberdade.

Foram ouvidos pelo delegado Anderson Aliceu Teixeira, conhecido por Poneis, de 33 anos de idade, morador da Avenida Manoel Cunha, número 405, no Jardim Santa Fé, na zona leste e Everton Geovaldo Nascimento, de 23 anos, morador da Alameda Garibaldi, número 373, no Jardim Cizoto, também na zona leste, que assumiu a autoria dos disparos.

No entanto, os dois não acrescentaram muita coisa além das informações já divulgadas anteriormente, mas apenas confirmaram que o desentendimento começou após Poneis ter negociado um Gol BX com Major.

Consta que em seu depoimento Poneis relatou que o negócio foi realizado há cerca de um ano quando Major adquiriu o carro por R$ 2,1 mil para pagar em sete parcelas. Porém, ele teria pago apenas uma parcela e o carro começou a ter problema de vazamento de óleo cerca de dois meses antes do crime.

CONSERTO DO CARRO
Contou também que Major reclamou e que ele concordou em consertar o carro sem custo, mesmo sem ainda ter recebido o valor total do negócio. Mas 15 dias depois o veículo voltou a dar problemas e que foi procurado novamente por Major. Porém, o carro não teria ficado bom e começaram os desentendimento e ameaças entre ambos.

No dia do crime, segundo Poneis, ele passava com sua camionete e Major teria feito gestos ameaçadores e diz que, de longe avistou que ele estava com uma faca. Relatou também que já havia sido ameaçado e que Major teria afirmado ter quatro pessoas acertadas para que o matasse e o esquartejasse.

Em seguida, também segundo o depoimento, Poneis afirma que foi a casa da mãe onde relatou a situação a ela e que, o irmão, Everton, que estava tomando banho, ouviu. Em seguida, voltou para conversar com Major, quando Everton teria chegado.

Poneis relatou também que Major foi para cima do irmão e deu um tapa rosto dele e o empurrou. Afirma também que foi empurrado e que chegou a cair ao chão. Em seguida, Major teria pego a faca e ido para o lado do irmão que pegou a pistola e fez os disparos.

DEPOIMENTO DO IRMÃO

Já no depoimento do irmão consta que ele afirmou que estava tomando banho e ouviu o relato de Poneis contando à mãe que estava sendo ameaçado. Depois, sabendo que Major seria uma pessoa perigosa, ele resolver ir ao encontro dos dois para ver o que estaria acontecendo.

No entanto, antes de sair pegou a arma usada no crime, que estava escondida no interior de uma lata no quintal da casa, e saiu. Pegou o carro dele, um Punto, e chegou quando os dois discutiam. Repetiu o relato das eventuais agressões de Major e contou que pegou a arma e efetuou os disparos.

Mas, embora tenha assumido a autoria de cinco disparos, ele alega que lembra apenas de um disparo. Já sobre a arma ele relatou que comprou na Bahia quando era caminhoneiro para se defender de ladrões.

Everton contou também que em seguida ele fugiu para Fronteira, Estado de Minas Gerais, de onde retornou após receber um telefone de outro irmão, Everson Aliceu Teixeira, de 36 anos, conhecido por Nim Peão, quando marcaram de encontrar no trevo de acesso ao distrito de Baguaçu, localizado na região noroeste do município de Olímpia, onde permaneceram escondidos até a apresentação.
 

O CRIME
 

Como se recorda, Sidnei Antônio Smolari, vulgo Major, que residia na Rua Floriano Peixoto, número 176, foi executado com três tiros no início da noite do domingo, dia 2, por volta das 19h50, quando estava no pátio de uma empresa localizada no cruzamento da rua onde residia com a Avenida Mário Viera Marcondes, em plena região central de Olímpia.

Essa foi a primeira ocorrência de homicídio registrada pela polícia no ano de 2014. Consta que Major, por morar nas proximidades, permanecia sentado no pátio da empresa. Os cinco disparos foram feitos com uma pistola calibre 380, sendo que o assassino acertou apenas três na vítima: um no tórax, outro nas costas e ainda um em um dos braços.

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