14 de agosto | 2011

Mais de 20 médicos não aceitam cumprir horário e pedem demissão

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Em meio às várias afirmações que fez recentemente, o prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, acabou confirmando que mais de 20 médicos que atuavam na rede municipal de saúde não aceitaram a determinação para que cumprissem as quatro horas de jornada de trabalho e pediram exoneração de seus cargos.


Trata-se de uma informação que já era imaginada, em razão de várias portarias publicadas na Imprensa Oficial do Município (IOM), mas nunca confirmada até em razão da blindagem iniciada há alguns meses, da Secretaria Municipal de Saúde.


Ao falar do assunto, o prefeito citou o trabalho da secretária Silvia Elizabeth Forti Storti e que estão fazendo esforço para segurar os médicos que atuam na rede pública de saúde, inclusive praticamente dobrando o salário da categoria, mas mesmo assim “nós perdemos mais de vinte médicos, mesmo nós dobrando o salário, porque não queriam cumprir horário”.


O prefeito relatou que os médicos ganhavam cerca de R$ 1,5 mil e foram aumentados para aproximadamente R$ 3,4 mil, considerado por Geninho o melhor salário da região. “Nós dobramos e mesmo assim teve mais de 15 médicos que pediram demissão”, voltou a reclamar.


Mas, segundo disse, as substituições foram rápidas, “Nós contratamos uma Organização Social (OSCIP) em caráter emergencial, e todas as especialidades foram repostas, não está faltando nenhuma especialidade médica em Olímpia”, informou.


Embora as reclamações sejam constantes, o prefeito afirmou também que de todos os medicamentos que são de responsabilidade da Prefeitura Municipal, não falta nada na rede pública.

“Falta aquele que é responsabilidade do Estado, que é do governo federal, que são os de alto custo”, acrescentou.

Por isso, segundo ele, às vezes o cidadão tem que arrumar um advogado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), através da assistência judiciária gratuita, entrar com ação na justiça, para conseguir pegar os remédios. “É um direito deles, mas a Prefeitura não tem condições de pagar o (medicamento de) alto custo. A Constituição Federal dividiu a cesta básica dos medicamentos. São do município os remédios para pressão, dor de cabeça, enxaqueca, antibióticos, diabetes”, disse.


E acrescentou: “Já o (medicamento de) alto custo, como uma prótese, isto não é nosso. Nós não temos como bancar isto, então, está perfeita a saúde? Não está. Está perfeita a saúde em algum lugar do país? Não esta”.

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