13 de janeiro | 2013

Médica não acompanhou Raquelly para fazer tomografia

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Até contrariando a informação dada na quinta-feira desta semana pelo novo diretor técnico da U­nidade de Pronto Atendimento (UPA), José Carlos Ferraz, a médica que estava atendendo na unidade não teria acompanhado a menina Raquelly Jacomazi Simões, quando esta foi encaminhada em uma ambulância que estava equipada apenas com uma maca, pa­ra um exame de tomografia com­putadorizada em uma clínica particular de Olímpia.

Pelo menos é isso que se pode entender da informação da avó da criança, Maria Creuza da Silva Jacomazi, durante uma entrevista que concedeu a uma emissora de rádio da cidade, na quarta-feira desta semana, dia 9.

De acordo com a avó, na ambulância estavam ela, a menina e a enfermeira. Provavelmente achando que a situação estivesse controlada, a médica não acompanhou.

Mas dentro da ambulância que era equipada apenas com a maca ela começou a passar mal e teve uma parada cardíaca e foi levada às pressas para a Santa Casa onde acabou falecendo.

De acordo com a avó, sabendo do que estava acontecendo o motorista da ambulância mudou o destino e ao invés de ir à clínica foi direto para a Santa Casa. Já a médica da UPA chegou lá depois.

Sobre como ficou sabendo da morte da neta ela contou: “O médico me falou que ela tinha fechado o pulmão”. Mas não teria explicado o que teria provocado o problema.

Também de acordo com Maria Creuza, depois disso foi procurada por uma pessoa de nome Helena que seria da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social que queria saber o que tinha acontecido.

Mas ela acha que teve realmente uma falha no atendimento e reforça: “Eu acho que foi falha ter tirado o aparelho do batimento cardíaco dela”. Segundo a avó, a menina estava boa, embora com os batimentos cardíacos baixos, variando de 60 a 70 por 99.

Também segundo a avó, ainda na UPA, a menina chegou a perguntar pelo avô e pedir para retirar o soro. “Estava lúcida”, enfa­ti­zou. “Acho que foi errado tirar o aparelho do batimento cardíaco. Passou ela para a ambulância para ir fazer a tomografia do pulmão e da cabeça. Levou sem o aparelho”, reforçou.

MÃE QUER ENTENDER O QUE ACONTECEU

Por outro lado, a mãe da menina, a operadora de loja Rose­laine Perpétua Jacomassi, afirmou que chegou em Olímpia na terça-feira, dia 8, em busca de esclarecimentos. Ainda não tinha certeza de nada do que a­conteceu e também não tinha tomado nenhuma providência.

“Até agora eu não cheguei a nenhuma conclusão se houve erro mesmo, falha, eu queria ter certeza. Se houve falha do hospital ou do médico eu queria saber certinho o que aconteceu porque até agora eu não acredito”, declarou.

ENTENDA O CASO

A menina, cuja família reside em Guaíra, morreu na Santa Casa local no início da noite da quarta-feira desta semana, dia 2, por volta das 18h39, aproximadamente cinco horas depois de ter sido salva de afogamento em uma piscina de um rancho à margem do Rio Turvo, no bairro rural São Benedito, região sul do município de Olím­pia, onde passou o final de ano com a avó.

De acordo com as informações divulgadas, o caso foi registrado na Delegacia de Polícia de Olím­pia pelo delegado João Brocanello Neto, que instaurou inquérito para apurar morte suspeita e as eventuais responsabilidades.

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