07 de setembro | 2016

Mesmo preso por concussão vereador Marquinhos Santos continua participando da eleição deste ano

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DA REDAÇÃO COM TV TEM
Mesmo após ser preso em flagrante depois de receber praticamente dois terços do salário de sua assessora na Câmara Municipal de Olímpia (muito mais que a conhecida metadinha), na terça-feira (6) o atual vereador Marco Antônio Santos, o Marquinhos Santos, do DEM, mesmo partido do prefeito Eugênio José Zuliani, continuará participando das eleições deste ano onde concorre a reeleição para o cargo de vereador.

A legislação eleitoral não prevê a inviabilização da candidatura por prisão em flagrante, mas, sim, no caso de crime com sentença condenatória transitada em julgado, ou nos casos de improbidade, quando tiver condenação em colegiado (mais de um juiz) que só acontece em segunda instância.

Marcos que era suplente e assumiu o cargo após outro vereador ter sido cassado em razão de ter sentença por improbidade já transitada em julgado, agora concorre mesmo preso com a acusação do crime de Concussão que é quando a pessoa exige dinheiro ou vantagem em função do cargo público que ocupa.

O vereador vai ficar preso numa cela especial na cadeia de Taiuva (SP), já que é bacharel em direito. Além de ter sido preso em flagrante, o Ministério Público pediu na Justiça a prisão preventiva dele. A promotoria também já abriu um inquérito para apurar improbidade administrativa e já ouviu a denunciante.

Marcos foi preso em flagrante porque a polícia diz que tem provas suficientes de que exigia de uma assessora a devolução de parte do salário que ela recebia na Câmara.

Segundo a denunciante, desde que foi contratada, há quatro meses, o parlamentar exigia que ela repassasse a ele parte do salário recebido. “Ele sempre dizia que o cargo era dele e ele colocava e tirava quem ele quisesse caso não devolvesse o valor da quantia estipulada. Foi estipulado por ele que dos R$ 2.665 que era o meu salário, devolveria R$ 1.665 e ficaria com apenas R$ 1mil todo mês”, afirma a mulher.

A denunciante disse que resolveu fazer a denúncia agora porque vinha sofrendo assédio do vereador. “Ele dizia que não estava compensando eu estar ali no cargo e ele queria colocar outra no meu lugar e ele vivia falando isso para mim”, diz.

O caso passou a ser investigado pela Polícia Civil que orientou a denunciante a fazer fotocópias das notas de dinheiro antes de entregar ao parlamentar.  Os policiais montaram um esquema para comprovar se o vereador iria receber algum dinheiro.


O parlamentar foi abordado no momento em que saía da Câmara. Segundo a polícia, com ele foram encontrados R$ 1.665. A polícia cruzou as informações das notas que estavam com o vereador com as fotocópias.

De acordo com a polícia, os números de série das cédulas eram os mesmos. O vereador foi preso em flagrante pelo crime de concussão, que é quando a pessoa exige dinheiro ou vantagem em função do cargo público que ocupa. “Aproveitando do cargo de vereador, ele exigia que ela entregasse uma quantia indevida para ele. Ele foi preso em flagrante, foi para a delegacia, em poder dele foi encontrado o dinheiro”, afirma o delegado Ricardo Afonso Rodrigues.


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