Para a estudante Tatiane de Oliveira Balieiro (foto), de 21 anos de idade, as mulheres precisam perder o medo de manifestar seus pensamentos e idéias, mesmo que com ameaças de serem prejudicadas por alguma pessoa, mesmo que esta detenha mais poder no meio da sociedade.

"Acho que as mulheres deveriam ter mais voz e emitir mais suas opiniões a respeito daquilo que elas pensam e não terem receio de exporem as suas idéias e seus pensamentos por causa de alguém que possa vir a prejudicá-las", comentou.

Se sentindo muito feliz por ser uma mulher, ela reforça que é importante que percam o medo da manifestação diante de questões ou situações que possam lhes afligir. "Se elas conseguirem expressar o que realmente precisam é o que importa e o que pode melhora a situação da mulher de maneira geral", acrescentou.

Por outro lado, não classifica como machistas algumas atitudes que ainda são demonstradas pela maioria dos homens. Na sua avaliação se trata de terem noção de certa proteção e até mesmo porque se sentem os donos do poder e da verdade.

"Nesses casos o que as mulheres falam para eles não faz sentido e eles que mandam realmente. Mas tudo mudou e a mulher vem ganhando voz e ganhando espaço no mercado de trabalho, em câmaras municipais e em tudo quanto é lugar", comentou.

Por isso acha que as agressões que as mulheres sofrem têm também que serem contestadas. Ela até pede que as mulheres se revoltem e dêem uma virada nas situações que enfrentam em suas vidas.

Ela considera também importante que, em relação à Lei Maria da Penha, as mulheres também devem perder o receio de buscar seus direitos, fazendo as denúncias necessárias, mesmo que corram riscos de serem agredidas novamente.

"Acho que toda a mulher tem a obrigação e o direito de ir atrás dos seus direitos e pô-los em prática. Tem que ir atrás mesmo e perder o medo do agressor, perder o medo da denúncia porque isso pode acabar prejudicando a elas cada vez mais", finalizou.