22 de março | 2020

Nilton explica áudio vazado e fala da sua preocupação com o Coronavírus

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PREOCUPADO COM A SITUAÇÃO!        Médico defende o isolamento social como forma de evitar problemas maiores.

Martines afirmou que gravou um áudio defendendo o fechamento do Thermas de coração endereçado aos membros do Conselho deliberativo. Mas alguém vazou o áudio. CLIQUE E ASSISTA AO PROGRAMA NA ÍNTEGRA.

O médico cirurgião Nilton Roberto Martines, que acabou tendo um áudio em que aconselhava o fechamento dos parques num grupo fechado de “WhatsApp”, ao ser entrevistado por mais de uma hora e meia no programa “Cidade em Destaque” que é transmitido pelo “Face”, pelo Youtube, e pela Rádio Cidade, acabou explicando o ocorrido e a maior parte do tempo respondendo as dúvidas dos ouvintes e internautas sobre a pandemia de coronavírus.

Sobre o áudio, o médico afirmou: “Foi feita uma reunião lá no Thermas e definiram que os parque não iriam fechar. Eu sou conselheiro do Thermas e no meu entender, uma decisão destas teria que ter o aval dos conselheiros. Não concordava com a ideia de ficar aberto e junto comigo vários outros conselheiros tinham a mesma opinião. Então começamos a conversar por este grupo de Whats e dei a minha opinião”.

DEI UMA EXPLICAÇÃO TÉCNICA DO MEU CORAÇÃO PARA OS CONSELHEIROS, MAS VAZARAM O ÁUDIO

E continuou: “Dei uma explicação técnica, do meu coração o que estava pensando, por quê? Há 20 dias era uma gripezinha, não precisava ter pânico em São Paulo, ontem (18), calamidade. É rápido demais, então expus para os conselheiros a minha opinião pessoal. Bom, alguém, sabe-se lá porque, achou que eu tinha razão, mas tinha coragem de dizer e jogou o áudio na internet. Falei do fundo do meu coração para defender o interesse da população. Eu sou grupo de risco, eu estou fazendo um tratamento de câncer e também tenho prejuízo porque eu tenho hotel. Isso virou um furor. Acabaram ontem fechando, mas fechando porque já havia uma ideia de que se deveria fechar. Provavelmente, eles estavam aguardando o momento, eles tinham a ideia de que iam fechar”.
Nilton continuou: “Na Itália eles subestimaram o vírus, de repente veio um pico enorme. Não há estrutura no mundo que suporte isso. Se você mantiver o afastamento das pessoas, diminuir a circulação, fechar aglomerações o vírus vai circular, não tenha dúvida, mas em menor quantidade. Então, esse pico grande, vai ser mais achatado. Pode vir 10, 12 ou 15 pacientes, mas em espaço diferentes, então dá para você tratar o mais grave, dá para você ter um atendimento melhor, não superlota o hospital. Nisso você dá mais chance de sobrevivência ao tratamento para esse grupo. Então, para que colocar Olímpia no risco de um pico?”.

80% VÃO TER GRIPE COMUM. MAS PARA O RESTO PODE SER COMPLICADO

Para Nilton, “80% dessas pessoas que vão ter coronavírus, vão ter uma gripe comum e não vão ter nenhum tipo de problema. Daí a orientação é o seguinte: se você tem uma febrezinha, uma tosse, um mal-estar, fique quieto em casa, não vá em nenhum lugar. Vai tratar com analgésico comum. Você procura um pronto socorro se tiver uma piora do estado geral ou desconforto respiratório, falta de ar.”

Sobre a demora nos exames, o médico afirma que Olímpia não está demorando para ter os exames. “Temos que mandar para o Adolfo Lutz, em Ribeirão Preto que está superlotado de exames. O governo diz de 24 a 48 horas, mas naqueles hospitais universitários ou referência que já desenvolveram um teste compatível. Nós temos que aguardar o resultado, o que não pode é essa histeria, esse grito chorando e isso e aquilo. Dá impressão de que está tudo positivo. Não tem nenhum caso positivo ainda em Olímpia, os exames não chegaram, declarou.”

PARABÉNS DIVISÃO EPIDEMIOLÓGICA

Nilton fez questão também de fazer um elogio. “Se é um grupo que tenho que dar parabéns é a divisão de epidemiologia da Secretaria de Saúde de Olímpia. Por quê? Vocês não estão tendo a noção de que nós poderíamos estar hoje com dengue, influenza e coronavírus. E cadê a dengue? Por que ninguém está falando? Porque o trabalho foi perfeito. Vai em Catanduva, vai em Rio Preto, está tendo casos. Aqui em Olímpia está tendo abaixo da média geral, então você tem que parabenizar.”  

Concluindo, o médico argumentou que há uma grande confusão entre coisa pública e coisa privada. “A prefeitura está fazendo tudo o que tem ao alcance em termos de coronavírus. Até na Santa Casa está criando dois ambientes para aumentar os leitos no caso de uma epidemia maior. Mas o que confundem? Ah, ele tem que fazer isso e aquilo. Na administração pública é diferente. Ele vai poder fazer alguma coisa quando for decretada calamidade pública. Atividade privada depende do indivíduo que é gerente ou dono de sua atividade, na prefeitura tem que fazer o que a lei determina especificamente.”

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