01 de abril | 2007

OAB aponta indícios de rebelião de facções na cadeia de Severínia

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 O presidente da 74.ª subsecção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Olímpia, advogado Gilson Eduardo Delgado (foto), apontou na quinta-feira (29) desta semana que já há indícios de movimentação de facções criminosas dentro da cadeia pública de Severínia, por causa das péssimas condições que os detentos estão sendo obrigado a enfrentar.

O principal motivo, segundo o presidente da OAB, é falta de espaço até para que os presos se acomodem e possam dormir, situação que tem obrigado a que promovam um rodízio. "É uma situação agravante e perigosa. Já há indícios de movimento lá dentro de facções, a coisa está um estopim. Logo, logo vai explodir qualquer movimento deles", enfatizou.

De acordo com o representante máximo da OAB local, por causa das péssimas condições qualquer reivindicação dos presos pode levar a ocorrer um problema de conseqüências mais graves.

"Não há como sequer garantir a segurança e integridade dos demais presos que não quiserem aderir ao movimento e também dos funcionários que trabalham lá, que são lotados na delegacia de polícia", enfatizou.

Gilson Delgado informou que as celas de três por três, o que representa nove metros quadrados: "destes tem que descontar o espaço de um banheiro que tem em cada cela, que é de três metros por 1m20. Então, na verdade sobra muito pouco espaço para eles (detentos) dormirem, para se acomodarem. Para dormir, lamentavelmente, eles estão se revezando".

Gilson espera que este processo de interdição seja analisado com muita rapidez: "é pra ser instruído e analisado com muita rapidez, até porque não há o que se documentar. Os documentos que vou apresentar já são provas suficientes para decretar a interdição. Basta o Ministério Público ir lá e verificar".

De acordo com o presidente da OAB, as próprias famílias estariam preferindo que os detentos fossem até levados para carceragens mais distantes, porém, com mais segurança para a vida deles.

"Conversei com uma comissão de parentes que estavam fazendo visitas no dia que estive lá e eles têm essa preocupação. Tinham pessoas que estavam visitando preso que moram em Mirassol. Então existe essa preocupação, não tem como esconder isso, mas a preocupação é muito maior com a forma como eles estão sendo tratados. A situação que eles estão lá, por pior que seja transferi-los para um lugar mais distante, que vai dificultar um pouco mais as visitas, dá um pouco mais de conforto para eles saberem que estão numa situação um pouco melhor. O entendimento deles, pelo menos da maioria, é nesse sentido", finalizou.

 

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