23 de junho | 2013

Organização promete nova manifestação para a próxima semana

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A organização do Ato Olímpia I, manifestação para demonstrar o descontentamento com a atual situação que atravessa o País e em solidariedade ao movimento que começou em São Paulo na semana passada, prometeu a realização de nova movimentação para a próxima semana, reforçando ain­da mais a contrariedade que sentem também em relação a atitudes que têm sido adotadas pelo prefeito Eugênio José Zuliani.

Segundo uma das integrantes do movimento a data será definida na tarde deste domingo (23), durante uma reunião do grupo marcada para a Praça da Matriz de São João Batista, na região cen­tral da cidade.

Inicialmente, na nova página da internet criada para convocar o novo protesto, os manifestantes sugeriram a segunda-feira da próxima semana (24) com a intenção de aproveitar a sessão da Câmara Municipal. Porém, depois descobriram que por ser um feriado e que a reunião dos vereadores foi transferida para a terça-feira (25) e, então, ficou resolvido que uma reunião no domingo definiria a nova data.

Uma das situações que foi cobrada durante o primeiro manifesto está relacionada com o preço cobrado pelo transporte urbano. “A passagem do nosso ônibus aumentou 25%, nós queremos que diminua”, exemplificou Marcos Sa­len, um dos organizadores do movimento.

Além disso, os manifestantes estão reivindicando melhorias em setores primordiais para a sociedade local: “reivindicamos a melho­ria na saúde pública, na educação e, que o pessoal tenha mais compromisso. Principalmente na parte executiva e também na legislativa, que tenha mais interesse em ajudar a população e não legislar em causa própria”.

Mas, principalmente considerando ter atingido o objetivo, Marcos Salen comemora o resultado do Ato Olímpia I realizado na tarde e noite de quinta-feira, dia 20. “O sentimento é de conquista, é de vitória, é de ver o povo correr atrás de seus direitos. Isso é uma honra, uma vitória para a gen­te”, afirmou.

Por isso e também numa luta contra a corrupção, Marcos Salen defende a necessidade de que as reivindicações e protestos continuem. “Somos contra a corrupção, nós queremos políticos dignos, políticos honestos, que lutem pelo povo. É isso o que a gente quer”, justificou.

Também sobre a importância do movimento, o estudante E­ver­ton Esquelton afirmou: “Para poder mostrar que nós temos direitos”.

Já para o estagiário Renan A­lis­son de Carvalho é preciso lutar contra o que tem de errado também na cidade. Além do preço do transporte público, ele aponta problemas na área da saúde: “A gente vê que as coisas não estão corretas. Todo mundo montando em cima da gente e nós estávamos parados há muito tempo e agora a gente se revoltou e a gente quer os nossos direitos como era antes”.

Aliás, além do custo do transporte público, Renan falou diretamente dos vários problemas já registrados em torno da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que foi inaugurada pelo prefeito às vésperas do início da campanha eleitoral de 2012, quando pensava unicamente em sua reeleição. “A gente quer que abaixe a passagem de ônibus e melhora da UPA, porque tem muita gente morrendo lá”, cobrou.

RUPTURA COM PASSADO COLONIAL

Para o professor e historiador, Ivair Augusto Ribeiro, essa manifestação é diferente das anteriores como a dos caras pintadas, por exemplo, porque ela tem um leque de reivindicações maior e um componente da violência presente em outras partes do país.

“Ou seja, existe um descontentamento claro e natural das pessoas e espero que a juventude se entusiasme com esse tipo de manifestação política e se engajem na forma política do país, porque é a única forma de fazermos definitivamente uma revolução e uma ruptura com o nosso passado colonial”, comentou.

A professora Giselaine Cosso diz que esse movimento não está sendo somente em Olímpia, mas em todo o País: “o Brasil acordou, o Brasil está reivindicando, o Brasil está se redescobrindo não podemos ficar calados, não podemos ser fantoches nas mãos de políticos”.

Ainda para ela, é importante ter voz própria: “Temos que mostrar a nossa opinião, temos que mostrar a nossa cara, temos que ir a luta e honrar a nossa pátria. Eu só lamento pelas pessoas que não vieram até aqui e não vestiram a camisa para honrar a nossa Pátria”.

 

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