15 de maio | 2011

Policial Militar diz que foi esfaqueado no Santa Ifigênia

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Foi registrado boletim de ocorrência na delegacia de polícia de Olímpia, na tarde de terça-feira (dia 10), onde o policial militar José Antônio Alves, de 33 anos, afirma que recebeu um golpe de faca no braço, desferido por Mara Lúcia Rocha, de 42 anos, moradora na rua Domingos Bízio, 431, no jardim Santa Ifigênia.


Já o delegado Cezar Aparecido Martins fez constar no registro policial que “considerando-se que a lesão descrita pelo médico plantonista da Santa Casa demonstra ser de natureza leve e, principalmente, o tipo “corto-contuso”, diferente de “perfuro-cortante”, deliberou pela elaboração apenas de um termo circunstanciado pelo crime descrito no artigo 129 (lesão corporal), do CPB, em relação à autora Mara Lúcia Rocha e artigo 147 (ameaça), CPB, em relação ao autor Alexandro Aparecido Santos”.


O delegado Cezar Martins declarou que, baseado no laudo médico ficou constatado que se trata de crime de menor potencial ofensivo e, sendo assim, a lei não permite que ninguém seja preso em flagrante nestes casos.


O comentário foi em razão dos questionamentos, nos meios policiais, do porque o delegado não teria autuado Mara Lúcia em flagrante pela acusação de ter desferido golpes de faca no policial.


O CASO


Segundo relatado no boletim de ocorrência pelo cabo Carlos Lúcio Faccio, de 35 anos, da Polícia Militar, na terça-feira, dia 10, ele e o soldado Alves receberam uma denúncia anônima, por telefone, informando que Mário Cézar da Silva, já conhecido nos meios policiais como traficante de entorpecente, estava vendendo drogas em frente a sua casa. Com isso, se dirigiram ao local.


No entanto, segundo Faccio, quando Mário avistou a viatura ele correu para dentro do quintal de sua casa, mas foi cercado e resistiu a prisão, entrando em luta corporal com ele e o soldado Alves.


Conta ter sido derrubado ao chão e Mário manteve-se atracado com Alves. Afirma que neste momento, vieram duas mulheres, a mãe de Mário, Mara Lúcia, com uma faca de cozinha nas mãos e outra com um martelo de bater carne, para intervir na ação policial.


Ainda de acordo com o cabo Faccio, ele alertou que Mara estava com a faca para golpeá-lo, tendo Alves conseguido se esquivar e levantou o braço para se defender, tendo sido atingido no membro superior direito. Alves soltou Mário que fugiu.


Nisso aproximou-se Alexandre Aparecido dos Santos, de 29 anos, morador no local, que ameaçou jogar um tijolo nos policiais, mas desistiu ao ver que eles estavam armados. Os policiais detiveram Mara, mas não conseguiram encontrar a faca.


Por sua vez, no boletim de ocorrência, o policial Alves ratifica a versão do cabo Faccio e acrescenta que Mara Lúcia puxou o seu colete e tentou golpear-lhe no peito, só não conseguindo porque ele ergueu o braço direito para se defender, onde foi atingido.


Enfatizou, Alves, que a intenção de Mara era atingir seu peito e matá-lo. Também fez constar que durante a luta corporal, o muro da casa realmente caiu, mas não atingiu ninguém.


TOMAVA BANHO


Já a acusada Mara Lúcia, na presença do advogado Ademir Antônio Morelo, alega que estava tomando banho, quando foi alertada que policais estavam enforcando seu filho Mário. Conta que saiu correndo apenas com uma toalha enrolada no corpo e afirma ter visto os policiais dando pontapés e prensando seu filho contra o muro.


Relata, Mara Lúcia, que o muro caiu no chão, razão pela qual o policial deve ter se ferido, alegando que ela somente notou o ferimento depois que os ânimos se acalmaram. Ela nega que estivesse com faca e golpeado o policial. Afirmou que a outra mulher que estava com ela é Marta Guedes, sua nora, mas ela não estava com martelo. Disse, também, que não viu Alexandro ameaçando jogar tijolo nos policiais.

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