17 de outubro | 2011

Provedor ainda não sabe o que pode acontecer após inauguração da UPA

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O provedor da Santa Casa de Olímpia, advogado Mário Francisco Montini, declarou no final da tarde da terça-feira desta semana, dia 11, que ainda não sabe o que acontecerá ao hospital, a partir da inauguração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), agora, com previsão de novo atraso.


“Não sei se haveria e o que seria essa perda. Sinceramente não sei, porque não sei como vai funcionar a UPA. Temos um contrato com a Prefeitura e estamos cumprindo”, observou quando questionado sobre qual a expectativa que tinha a respeito da afirmação do prefeito Eugênio José Zuliani, Geninho, sobre “desafogar a Santa Casa”, quando a nova unidade de saúde começar a funcionar.


Pelas afirmações do próprio prefeito, a partir da inauguração da UPA, o subsídio repassado mensalmente ao hospital, como forma de custear o pronto socorro que o Município não possui em funcionamento, deverá ser encerrado. Quer dizer, o contrato aprovado pela Câmara Municipal, ainda em vigência, deverá ser desfeito.


“Se depois esse contrato foi desfeito, algum outro serviço a Prefeitura terá que comprar da Santa Casa, porque se a pessoa chega lá (UPA), que dará o atendimento de emergência, vamos supor um acidente de motocicleta e quebrou uma perna, vai ser atendido lá, só que vai precisar de uma cirurgia e vai ficar internado onde? Vai ficar internado aqui”, avisa.


Porém, sobre o que representará apenas em relação ao funcionamento do pronto socorro, Montini ainda não tem dados precisos para analisar, inclusive. “Estamos fazendo um trabalho de levantamento dessas informações, daquilo que a gente precisa, para saber também quando vai custar. Ainda não sabemos isso”, confessou.


Mas uma coisa é certa, a Santa Casa terá que manter o plantão a distância, mesmo com a inauguração da UPA. Isso, segundo explicam, tanto Montini, quanto o vice-provedor Vivaldo Mendes Vieira, por causa do atendimento a pacientes com cobertura Unimed, que representam aproximadamente 35% da receita do hospital.


De acordo com o que informaram durante uma entrevista coletiva, o gasto mensal só com os plantonistas do pronto socorro é entre R$ 90 mil e R$ 100 mil, sem contar os plantonistas à distância.


Enquanto isso, a Prefeitura Municipal repassa R$ 73 mil por mês ao hospital, referentes a esse contrato. Esse valor é pelo menos 19% menos que o necessário, se comparando com o valor menor gasto mensalmente, ou seja, R$ 90 mil.

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