04 de agosto | 2019

Provedor da Sta. Casa reafirma que hospital é superavitário

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O atual provedor do único hospital da cidade, Luiz Alberto Zaccarelli, enviou esta semana uma nota de esclarecimento onde reafirma que diferentemente do que foi noticiado na edição passada deste semanário, a Santa Casa de Misericórdia de Olímpia realmente teve um superávit de mais de R$ 200 mil no ano de 2018.

A editoria desta Folha, no entanto, mantém a interpretação que foi dada e publicada na semana passada de que a entidade teve um déficit bruto de quase R$ 10 milhões, o que a colocaria, se fosse uma empresa comum, em situação de risco, com um negócio que gera fatura­men­to menor do que a metade de seus gastos.

Segundo a nota, “sobe o suposto déficit anunciado nos jornais, há de se observar que com o recebimento das doações e das subvenções municipais, estaduais e federais que foram efetivamente recebidas, o hospital não teve déficit e sim um superávit apresentado de R$ 258.163,00”.

E continua: “Em relação ao aumento de custos opera­cio­nais, no tocante ao aumento de custos de medicamentos e materiais o mesmo se deve ao aumento normal dos medicamentos e materiais cirúrgicos e principalmente a reabertura e funcionamento pleno da UTI, durante todo ano de 2018, com um custo mensal de aproximadamente R$ 200.000,00, sendo que no ano de 2017 funcionou apenas 4 meses. No tocante ao aumento do custo com pessoal, o mesmo se deve ao convênio firmado com o Município de Olímpia, cujo objeto é a contratação de equipe multiprofissional composta de enfermeiros, auxiliares de enfermagem, farmacêuticos, bio­médicos, assistente social e outros, para a prestação de ser­viços complementares ao Sistema Único de Saúde – SUS, de forma integrada para a manutenção da assistência a saúde na Unidade de Pronto Aten­dimento – UPA 24 horas, na Estância Turística de Olím­pia – SP, o mesmo ocorrendo em relação ao aumento de serviços de terceiros, que são os médicos contratados para atendimento na UPA 24 horas”.

E complementa a nota: “Por fim, vale ressaltar que, historicamente, mais de 70 % dos atendimentos prestados no Hospital é para o SUS e que somente é possível através dos recebimentos via subvenções municipais, estaduais e federais, que são as contrapartidas aos serviços prestados. De se esclarecer que o balanço au­di­tado foi contratado e custeado pelo hospital, em atendimento a Lei Federal n° 12.101 /2009, que concede o certificado CEBAS (certificado de entidades beneficentes de assistência social na área de saúde). Vale esclarecer também que está sendo realizada uma avaliação patrimonial do Hospital, onde, certamente, o capital imobilizado será aumentado consideravelmente, o que implicará na atualização do patrimônio líquido do mesmo”.

E conclui: “Desta forma, a diretoria da Santa Casa de Misericórdia de Olímpia se coloca a disposição da população em geral, para prestar os esclarecimentos que se fizerem necessários, visto que prima pela mais absoluta clareza e transparência em relação a administração do Hospital”.

Embora o editor desta Folha considere que a nota de esclarecimento tenha tornado mais claro o entendimento dos números apresentados no balanço publicado no Diário Oficial do Município, esta não modifica em nada a interpretação dada por este jornal em sua última edição. Na matéria da edição anterior não foram omitidos os dados apresentado pela provedoria nesta nota de esclarecimento. Apenas se partiu do princípio pelo qual, quando uma empresa mesmo que associação benemerente apresenta uma geração de receita total de serviços prestados inferior à metade de seus gastos, a conclusão não pode ser outra que não a de uma situação preocu­pan­te e que certamente seria motivo para o encerramento das atividades de qualquer empresa particular.

 

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