24 de maio | 2015

Saúde demora três anos para liberar ressonância magnética

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A Secretaria Municipal da Saúde de Olímpia está demorando três anos, aproximadamente, para autorizar a realização de um exame de ressonância magnética. Pelo menos é a essa conclusão que se pode chegar através de reclamações feitas nesta semana por pessoas que estão na fila de espera ou por quem está chegando agora para enfrentar o problema.

São muitas reclamações registradas por emissoras de rádio local.

E foi numa delas, registrada nesta sexta-feira, dia 22, que são muitas, que se pode chegar ao parâmetro de três anos na fila de espera pelo exame, seja em qual situação for.

Além disso, a eventual necessidade de passar por uma cirurgia corretiva, no caso de problemas com a coluna vertebral, assusta ainda mais esses pacientes que têm enfrentado muitas dores.

Esse é o caso de uma mulher que se identificou com o nome de Eunice, que diz ser moradora do Jardim Hélio Cazarini, conhecido popularmente por Cohab III, na zona sul da cidade.

Eunice relata que por causa das dores que sente já esteve várias vezes na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde já tomou várias injeções e fez tratamentos com soro. Além disso, tem que tomar medicamentos constantemente para conseguir se loco­mo­ver o mínimo possível.

“MINHA COLUNA TRAVA AS CADEIRAS”

“Minha coluna trava as cadeiras. Aí, me encaminharam para um ortopedista. Ele falou para eu ir à Secretaria da Saúde para marcar um exame de ressonância magnética, em Barretos. Só que o problema é que vou ter de esperar por três anos”, reclamou.

Em razão do problema Eunice ainda reclama que tem de tomar medicamentos constantemente: “O duro é que estou à base de remédio, porque se não tomo não consigo nem parar em pé. Não consigo fazer nada”, contou.

No entanto, a demora de três anos demorou a ser informada a ela. Inicialmente, quando entregou o pedido ela não perguntou e a atendente não lhe disse nada.

Mas passados alguns dias ela procurou a autorização e ouviu da atendente: “Ah, bem, nós estamos marcando agora as do ano de 2013”. Ela perguntou: “Nós esta­mos em 2015, então vou esperar três anos”. A aten­dente respondeu simplesmente: “é”. “E minha dor? Vou ficar três anos sentindo dor?”, questionou.

Eunice informou que tem desvio de cadeira e coluna torta, problemas que foram detectados em outra ressonância magnética realizada anteriormente, quando ainda não demorava tanto para o exame ser aprovado.

Por isso, chegou a pedir ao médico que destacasse a urgência, mas aparentemente não foi atendida. “Para mim, meu caso é urgente, mas só que para o médico a dor não é nele, é em mim.”

O exame particular custa mil reais. Segundo a informação que ela recebeu é que Barretos realiza apenas três exames por mês. “Eu falei, vai demorar mesmo”.

Consta ainda que o AME vai marcando e chamando as pessoas que estão na longa fila de espera. Ainda segundo ela, após o exame pode ser que tenha que passar por uma cirurgia corretiva.

 

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