22 de maio | 2011

Zanolli pede a PGJ intervenção estadual na Santa Casa

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Buscando uma solução para os problemas administrativos que estão sendo vividos atualmente pelo único hospital de Olímpia, o artista plástico e jornalista Willian Antônio Zanolli (foto), protocolou representação endereçada ao procurador geral de justiça, Fernando Grella Vieira, com pedido de urgência, solicitando que adote medidas no sentido de que ocorra uma intervenção estadual na Santa Casa de Olímpia.


O documento foi protocolado às 15h57da quinta-feira desta semana, dia 19, na sede do Ministério Público do Estado de São Paulo, na capital, com pedido de urgência.

Com base nos últimos acontecimentos, principalmente pelo fato de três pessoas terem perdido a vida após os familiares buscarem socorro médico, Zanolli pede ao procurador que interceda com o governador Geraldo Alckmin, para a intervenção.

No documento, está escrito: “o cidadão, ora Representante, no exercício de sua cidadania, rebela-se, pois, contra a situação existente no sistema de saúde local, principalmente contra o que vem ocorrendo no único hospital de uma cidade de 50 mil habitantes, mas que atende a pelo menos mais cinco cidades vizinhas”.


Além disso, cita que a cidade “já é considerada como cidade turística, aumentando consideravelmente sua população nos finais de semana, férias e feriados”.


Em outro trecho diz: “Quando se coloca vidas em riscos, banaliza-se a morte, desestabiliza-se a sociedade e o cidadão volta ao seu estado natural, onde impera o lema: salve-se quem puder!”.


CARÁTER DE URGÊNCIA


O caráter de urgência, segundo o artista plástico, justifica porque o município já provou que não tem condições de resolver o problema do único hospital local. Por isso pede que o Estado de São Paulo, na figura do governador Geraldo Alckmin, que é corresponsável pela Saúde em todo o Estado, através de um TAC – Termo de Ajuste de Conduta, determine a intervenção estadual na Santa Casa de Misericórdia de Olímpia, sob pena de responsabilização futura pelo que possa ocorrer devido ao estado de calamidade pública em que se encontra; ou outra medida que o douto procurador entenda, venha a resultar na resolução do problema.


Zanolli cita também na representação, que a finalidade é apurar eventual responsabilidade em virtude da “situação de caos que se encontra o hospital, que recebe verbas municipais, estaduais e federais e mantém contrato com o município para o atendimento de urgência e emergência, agindo em defesa do interesse coletivo, já que, suspeita-se, várias mortes já tenham ocorrido em razão da situação que está sendo verificada”.


Sobre a procura pelo procurador geral para apresentar a representação, Zanolli justifica que é “em razão de a situação, pelo que se depreende, não estar sendo encarada de maneira adequada pelos membros do Ministério Público lotados na comarca, que não residem no município e, ao contrário, parecem estar de acordo com o poder público municipal, que também não tem dado a devida importância ao problema, por razões que podem ser pessoais ou políticas”.


“O Representado, senhor Eugênio José Zuliani, Prefeito do Município de Olímpia, em dissonância com os princípios da moralidade e da impessoalidade, pode estar cometendo omissão dolosa ao não resolver o problema do hospital, quando decretou a intervenção anterior, e, ao depois, quando fecha os olhos diante da situação alarmante que se instalou na entidade, que já fechou uma de suas alas, onde eram internados os pacientes do pós-operatório do SUS, afirma.

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