09 de abril | 2017
A Santa Casa que estava com Geninho, agora está com Cunha
Do Conselho Editorial
Não há meio termo, não há meia palavra, meio gesto ou o que quer que seja que expresse meio pensamento acerca de quem está indiretamente no comando da Santa Casa.
Primeiro, retorne-se ao histórico da instituição e vai se chegar a conclusão de que a mesma só esteve em alta e prestando significativo serviço a comunidade enquanto comandada por membros da sociedade.
Nas mãos de políticos não passou, e talvez não passe, de uma ferramenta utilizada para fins eleitorais e cabide de empregos.
Foi recuperada dos vícios políticos e do eterno discurso dos salvadores da pátria na gestão de Helena de Souza Pereira que a pegou em estado de total abandono deixado pelos políticos de terra arrasada que a dominavam no período que a antecedeu.
Deposta por um golpe levado a efeito por Eugênio José que contou com o beneplácito do Ministério Público, viu, voltar através da figura do interventor Gustavo Pimenta, então vice-prefeito, a presença maléfica de políticos no seu comando.
Gustavo Pimenta deixou o cargo afirmando e reafirmando publicamente que os problemas que a Santa Casa enfrentava há anos foram resolvidos em noventa dias.
Colocado outro e outros representantes de Eugênio à frente da Santa Casa, as noticias que circulavam nos jornais e emissoras de rádio ligados ao esquema Genial davam conta de uma bem sucedida administração da instituição.
Geninho, que a principio assumia publicamente o atrelamento da Santa Casa ao seu grupo, tanto que escalou seu vice, Gustavo Pimenta, de interventor, no final da gestão de Mário Montini, provedor e responsável pela maioria dos concursos públicos realizados pela Prefeitura, dava sinais de recuo público no tocante a seu grupo estar no comando da instituição.
A lenda urbana diz que filhote feio não costuma ter paternidade.
Enquanto se vendia a idéia de que o sucesso batia a porta da entidade, Geninho e sua troupe estavam no comando e inflavam os quadros funcionais da instituição.
Navio começou a dar sinais de afundamento, haja botes salva-vidas, gente pendurada no mastro, agarrado a tocos em alto mar.
Agora, que a situação real, a situação verdadeira começa ser visualizada, ninguém do meio político assume a possibilidade de uma possível administração temerária que pode ter conduzido a prejuízos financeiros a instituição.
Nas mídias sociais o que está pegando é sobre quem está no comando da Santa Casa.
E a resposta óbvia é que quem está no comando é o grupo de Fernando Cunha, e o esforço dispensado por ele e seus próximos para que Mário Montini pedisse o boné ficou bastante claro e evidente para a população.
O próprio nome indicado para a provedoria em substituição a Montini remete a Cunha.
Sem contar o interesse de seu vice naquele hospital.
Portanto, mesmo que pretenda recuar, como se observa em algumas falas ou não deseje vincular seu nome à possibilidade de algum insucesso futuro, a Santa Casa hoje está sob o comando do grupo de Cunha como esteve até outro dia sob o comando do grupo de Geninho.
O que resta é arregaçar as mangas e mostrar trabalho para recuperar o desastre que comentam pode ter sido a passagem do grupo de Eugênio por lá.
A cidade precisa que a Santa Casa funcione adequadamente prestando serviços de saúde com qualidade, no comando de quem, a esta altura do campeonato, pouco importa, mesmo sabendo que políticos por onde passam, costumam deixar um rastro de destruição.
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