Há uma luz, ou muitas luzes no fim do túnel que apontam
esperançosas para amanhãs mais ensolarados que foram
os dias de ontem carregados de tragédia, dor e
empilhamento de cadáveres que rondarão
dias e noites de saudades dos familiares
que lamentam suas idas prematuras.

Do Conselho Editorial

Embora não se possa afirmar que se pode estar tranquilo em relação ao Covid 19 os números indicam que a pandemia dá sinais de arrefecimento.

Começam a ser desmontadas todas as estruturas de atendimento médico que ultrapassam as necessidades normais de cada local nos estados e municípios e a ser retomado os casos que infelizmente ficaram com atendimento precário no período.

Vagarosamente, tanto na área médica, quando administrativa, comercial, industrial e até mesmo de relações humanas, estão sendo retomadas.

Aconselhável que todo o conjunto da sociedade continue atento ao respeito às normas de proteção e prevenção mantendo distância, utilizando máscaras para que não ocorra de novo aquele período de dor e de confronto que a sociedade brasileira vivenciou nos últimos anos.

De um lado, comerciantes e empresários preocupados com seu patrimônio, de outro, funcionários demitidos e parte da população, em razão das dificuldades de ordem financeira, gritando contra as medidas protetivas, ciência, vacinas.

Foi um espetáculo degradante onde parte da sociedade parecia pouco se importar com a quantidade de mortos e enfrentava a morte indo as ruas irresponsavelmente promover aglomerações.

Muitos morreram em razão do negacionismo, da ignorância, e o que pode ser chocante é que levaram a doença para o seio familiar e infectaram parentes que se cuidavam e foram atingidos pela falta de empatia e humanização dos próprios familiares.

Foi um tempo duro, de aflitos e de aflições, que agora vai aos poucos voltando à normalidade e permitindo que as pessoas, de forma cuidadosa e prudente, possam voltar à vida cotidiana com menos amarras e isolamentos.

A alma vibrante dos brasileiros parece estar de volta nas reuniões familiares, nos encontros festivos, religiosos, esportivos, culturais.

Tudo demanda sacrifícios e a vida não é a mesma de antes, visto que é preciso redobrar cuidados, olhar por si e pelo outro e caminhar atento e desperto de que a situação ainda não está de todo resolvida.

Há uma luz, ou muitas luzes no fim do túnel que apontam esperançosas para amanhãs mais ensolarados que foram os dias de ontem carregados de tragédia, dor e empilhamento de cadáveres que rondarão dias e noites de saudades dos familiares que lamentam suas idas prematuras.

É preciso lembrar disto a cada marcar de segundo dos relógios para que este tempo de angústia jamais seja esquecido e para perpetuar na memória de cada um que nada é perfeito e que a vida é frágil.