“Não se sabe para onde caminhará a humanidade.
As previsões indicam que caminha na direção do abismo”.

Do Conselho Editorial

Por mais que se tente compreender os movimentos que estão circulando pelo mundo, envolvendo as mais diversas correntes do pensamento, chega-se a conclusão que o caos cultural está na pauta e o extremismo ganha espaços significativos.

Muitos não conseguem sair da bolha para expandir o pensamento e conseguir focar na ideia de que a polarização e o fundamentalismo é uma realidade mundial.

O fundamentalismo, o fanatismo, o sectarismo político e religioso vêm conquistando espaços significativos em vários lugares do planeta onde antes existiam e transitavam na penumbra.

Grupos nazistas e fascistas, religiosos fundamentalistas, políticos reacionários e pregadores do pensamento único têm prosperado juntamente com o armamento da população e o apoio de figurões postados nas instituições ou com amplo poder de divulgação do pensamento.

Imaginar que o conflito Rússia e Ucrânia se resume a um simples conflito internacional entre duas nações por desentendimentos de ordem territorial ou econômica é muita naturalização, muito simplismo.

O que está em jogo nestas disputas e em outras é a implantação de regimes totalitários com visão de ultradireita, que possivelmente culminará em conflitos internos, guerras civis e derramamento de sangue em muitos países.

O Brasil, por exemplo, mostra um quadro de degradação das instituições nunca visto antes e, em contrapartida, um aumento assustador do poder das milícias, da violência policial, do empoderamento do tráfico e da introdução do mundo marginal na maioria dos setores governamentais.

O número de grupos nazistas, escolas de tiro, vendas de armas, aumento de regiões dominadas pela milícia e narcotráfico cresceram assustadoramente.

O aumento de ataques a centros de umbanda e candomblé, jornais, sede de partidos de esquerda, perseguição a professores, intelectuais, jornalistas, opositores alcançou números assustadores.

Dificilmente, nesta escalada de violência, de desrespeito ao livre pensamento, de ataques às instituições e a corrupção dos aparelhos de estado, não irá ocorrer incidentes que culminarão em derramamento de sangue.

Quem tem acompanhado as provocações no sentido de um fechamento do regime, de uma guinada autoritária e pensa nos reflexos violentos que pode implicar na sociedade, podendo transformar o Brasil em um misto de estado islâmico miliciano.

Esta reflexão pode parecer exagerada, negativista e absurda.Os fatos, porém, demonstram que há um avanço do poder reacionário em conjunto com forças religiosas extremistas e sectárias que se armam e dominam setores do exército, policias civis, militares e federal.

Houve um domínio da Câmara e do Senado através das emendas parlamentares eparte do MP e do Judiciário demonstra estar seduzida por pautas de costumes e focadas na ampliação do caráter punitivista das sentenças e o poder avança vagarosamente sobre o Supremo.

O momento é por demais perigoso.Crescem os discursos de ódio e cresce o ódio pelo mundo afora.Não se sabe para onde caminhará a humanidade.As previsões indicam que caminha na direção do abismo, o que prova e comprova que alguma coisa muito errada na sociedade não está certa.