30 de dezembro | 2018

Ano Novo, vida que segue

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Do Conselho Editorial

2019 está a se aquecer, a se preparar para enfrentar um ano de ilusões e desilusões, diferenças, indiferença, amor, ódio, risos lágrimas, alegria tristezas, coisas boas e coisas ruins, tragédias e comédias como todos os anos de todo sempre.

2018 recolhe as tralhas, faz as malas, se despede dos que desfrutaram da beleza e da angústia que seus dias encalorados e friorentos trouxeram de calor e frio, a vida e alma dos seres humanos.

Vai embora levando dias consumidos pelos conflitos internos de cada um e deixando um misto de saudade e desejo de quero mais, ou, já vai tarde, dependendo da história que produziu na existência de cada ser humano que pode, ou poderá chegar a transpor o portal que o conduzirá ao inicio de outro ano.

Ficam memórias, sonhos desejados e não realizados a povoar a mente daqueles que por ventura continuarem na luta em direção ao infinito que marca a finitude e a confirmação de que nada é eterno.

Destas ternuras e adversidades se irão compor como se compuseram os sons e as letras das canções de cada um que irá escrever nota a nota a letra da poesia de seus momentos vindouros e a entoará até que o silêncio e a mortalha transforme tudo em lembranças ou esquecimentos.

Motivo mais que suficiente para que todos, desde o amanhecer, cubram-se de desejos e vontades de explorar esta caverna que habita em cada um em busca da luz e da evolução.

2019 bate à porta e, com seus dias, irá, como todos os anos passados, consumir as horas e os dias de cada indivíduo a quem resta a escolha entre viver e se deixar por ai, se abandonar, se esquecer, deixar de ser, sendo.

Mesmo que as lendas não contem, mas, insinuem, só se leva desta vida o que se leva e só se deixa o que fica enquanto lembrança, daí, aconselhável consumir este bom bocado de tempo que por aqui se está, como um manjar, de colherinha para apreciar o sabor e elevá-lo aos céus do prazer e levá-lo ao céu, se nele crer, quando lá chegar. 

Explorar cada labirinto como se em cada um deles estivesse a saída para a felicidade, esperança, fraternidade, amor e desejo, desejo de se consumir até o bagaço como fruta doce, pensando que a vida pode ser uma vez só.

Para o 2018 não haverá adeus, pois parte deixando grande parte de si.

Jamais, em tempo algum, houve ser humano que tenha se despedido de anos vividos, até porque esta é a única coisa que é verdadeiramente sua, a que vai consigo para o espaço sideral.

Para 2019 haverá as boas vindas e a vontade infinita de que seja muitas vezes melhor que todos os outros mesmo sabendo que não há nada de novo debaixo do Sol ou sob o lado oculto e escuro da Lua.

De ilusão também se vive, é ela que sempre foi o motor da história passada, presente e será no futuro, afinal o ano é novo, a vida, nem tanto, por isto os anos se findam e ela, a vida, a vida segue.

 

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