28 de março | 2021
Bolsominions terroristas espalham terror e morte pelo Brasil
“Este editorial tem por objetivo demonstrar
que há um clima de terror espalhado por todo
território nacional e que o atentado
terrorista perpetrado contra este
jornal é parte de uma estratégia de
imposição do poder pela
força, pela truculência”.
Do Conselho Editorial
Após o atentado terrorista que este jornal sofreu quando foi ateado fogo em sua sede e também abrigo da Rádio Cidade, começou a se ampliar a constatação de que alguns não poucos bosominions fazem parte de um exército terrorista e miliciano.
Vendo notícias isoladamente não se consegue visualizar que este terror está espalhado por todo território nacional e o que é grave, levado a efeito pelos admiradores de Bolsonaro.
Todo tipo de terror, contra vacina, contra quem se coloca contra a ineficácia da Cloroquina e Ivermectina, Congresso, STF, pastores, padres, jornalistas, jornais, canais de televisão, blogueiros, deputados, prefeitos, governadores, papa, presidentes de outros países, pessoas comuns.
Basta ser contra o que eles pensam pra que um ataque violento comece a ser levado a efeito pelos milicianos terroristas que compõe a Tropa marginal de choque do bolsonarismo.
Ou é como eles desejam ou toma porrada, bomba, tiro, facada, ameaça, o terror come solto.
Poderia se evidenciar aqui das ameaças e fogos atirados contra o STF à ampliação da segurança dos ministros que não votaram a favor do que esta turma de bandidos desejava.
Uma corrida nas redes sociais e há muitas noticias dando conta do universo criminoso de horror que está se implantando no Brasil.
O Ministério Público de São Paulo vai investigar ataques e ameaças sofridas pela secretária de Saúde de Araraquara devido à decretação de lockdown na cidade.
Pessoas contrárias às medidas, que já resultaram em queda nos casos e mortes por covid na cidade, expuseram o endereço da titular da pasta, Eliana Honain, em redes sociais e conclamaram internautas para “fechar a rua” e mostrar a ela “como são as coisas aqui”.
Enfermeira formada pela Universidade de São Paulo (USP) e professora universitária, a secretária contou que os ataques mais contundentes aconteceram no domingo, 21. “Um pessoal se manifestou conclamando pessoas para intervirem em minha residência”.
“Marcaram em redes sociais o prédio e o meu apartamento. Chamaram gente para fechar a rua para que eu não pudesse sair ilesa, para me forçar a descer para ver como são as coisas”, chegou a afirmar.
Este o método da intimidação, da ameaça de morte, da exposição pública da pessoa.
Exatamente o que estão vivendo o proprietário deste jornal e sua família.
E o estarrecedor é notar que a maioria deles interpreta suas ações como corretas, amparadas pela lei e por direitos constitucionais.
Por mais paradoxal que possa parecer, queimam jornais e querem calar a voz das pessoas através do medo em nome do direito de expressão.
Desejam forçar a abertura do comércio em tempo de pandemia e de estado de calamidade em nome do direito de ir e vir.
Um jornalista infiltrou nos grupos e redes sociais destes movimentos negacionistas para tentar entender certos argumentos que utilizam para defender o indefensável e concluiu que:
– Os grupos têm muito apelo religioso e pouca gente interessada em consumir conteúdo ou debater ideias.
– 90% do tempo os grupos são bombardeados de “memes” de direita e links de notícias enviesadas para as pautas da direita de sites igualmente enviesados, sendo a maioria fake news.
– Maior parte do material não é discutido ou comentado, quase sempre é seguido de mais conteúdo encaminhado.
– Nenhum link de mídia “mainstream” é aceito, se postar G1, Folha, Estadão, O Globo, etc… é automaticamente alvo de críticas e acusações de que é alienado pela grande mídia dominada pelo comunismo.
– Figurinhas religiosas e bolsonaristas são enviadas aos centos, das mais variadas formas: Bolsonaro dando uma gravata no Lula, Lula assaltante, Bolsonaro Capitão América em verde e amarelo, “eu apoio tratamento precoce”, inseticida de petista, etc.
– Vídeos editados e cortes de discursos do Bolsonaro ou de parlamentares bolsonaristas são compartilhados como reforço de vieses, mesmo fora de contexto ou visivelmente falsos.
O mesmo acontece pra criticar a esquerda ou colocar relatos de médicos aleatórios defendendo absurdos como tratamento precoce ou afirmando que estão sendo obrigados a registrar qualquer morte como Covid.
Intervenção militar com Bolsonaro no poder é o sonho dessa galera. Muitos ficaram decepcionados com o pronunciamento de 23/03, pois estavam ansiosos para ver o capitão anunciar estado de sítio ou atacar o STF em rede nacional, em vez disso viram uma sinalização aos absurdos que a grande mídia defende e um decepcionante discurso pró-vacina.
Os mais extremistas concordam com os absurdos: atitudes muito nacionalistas, extremistas, negacionistas e tudo aquilo que temos visto nos últimos dois anos com horror são exaltadas por esse povo, muitos realmente querem militares dando golpe e tirando do caminho cada prefeito, governador e senador de esquerda.
Uma limpeza ideológica com Bolsonaro no poder, em resumo.
Dória é um dos alvos favoritos, quase empatado com Lula.
Alguns ainda defendem Sergio Moro, outros o tratam como traidor.
Acreditam que o Brasil inteiro aprova Bolsonaro e que ele será reeleito em 2022 “no 1º turno com 75% dos votos”.
O jornalista foi expulso do grupo apesar de manter o disfarce, falar como um “patriota” e apoiar o “mito” nas falas ao ser interpelado por um bosominion por reclamar que o “mito” citou a “vachina” em seu pronunciamento na TV, questionando sua conduta. Foi acusado de estar contra o capitão.
Esta a lógica perversa que foi imposta a este país, que em razão desta gente truculenta, maldosa, cruel, vai acumulando cadáveres por conta de ter no comando do país um presidente genocida que se cerca de milicianos e estimula a violência.
Este editorial tem por objetivo demonstrar que há um clima de terror espalhado por todo território nacional e que o atentado terrorista perpetrado contra este jornal é parte de uma estratégia de imposição do poder pela força, pela truculência.
Não irão nos calar ou calarão todos.
Os democratas e progressistas que não estão percebendo isto são tolos como os negacionistas bolsonaristas defensores da Cloroquina e da Ivermectina que só percebem o erro de suas avaliações quando o cadáver no morgue (necrotério) é membro de sua família.
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