11 de fevereiro | 2018

Carnaval que precisa ser mais

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Do conselho Editorial

Por se tratar de uma estância turística já passou e muito da hora de se organizar um carnaval a altura do número de turistas que a cidade abriga.

Notadamente traz benefícios econômicos às cidades onde a festa é verdadeiramente organizada e motiva a que os cidadãos se motivem a frequentá-la no período dos festejos de Momo.

E não se refere o texto ao Rio de Janeiro, Salvador, Recife, fala de cidades próximas como Guaraci, Severínia ou Catanduva que tem o carnaval como um dos atrativos que ala­vancam suas economias.

O carnaval de Olímpia, que já esteve entre os melhores do interior, foi perdendo espaço até chegar no lugar comum que chegou.

Não se pode dizer que seja o pior carnaval da região, porém, não se pode afirmar que seja o melhor também, está ali na linha do razoável para baixo.

Afora as escolas de samba e blocos carnavalescos que desenvolvem um esforço sobre-humano para resistirem ano após ano, se mantendo o número minúsculo deles e não se ampliando há décadas, nada há que possa ser alvo de elogios.

No poder executivo entra primeiro mandatário, sai primeiro mandatário e a falta de imaginação ou bom senso permanece co­mo se a criatividade fosse algo distante de suas características de governan­tes que visam o desen­volvi­men­to e até mesmo a divulgação da cidade através de eventos de grande porte.

Todo ano, todo carnaval, as negociações para que as escolas de samba tenham, ou contem com algum apoio governamental começa de forma tardia e a discussão da distribuição de verbas geralmente não permite a formação de novos blocos ou escolas e deve dificultar que as existentes tenham tempo suficiente para ensaios, elaboração de boas fantasias, construção de carros alegóricos, adição de novos instrumentos.

 Com verba insuficiente para enriquecer as fantasias ou investir em equipamentos sonoros e o pouco tempo de ensaios, as escolas e blocos ficam inviabi­lizadas de convocar interessados em participar dos festejos, mantendo anos após anos quase que o mesmo número de participantes do carnaval de rua.

Fazem das tripas o coração para levar emoção e alegria aos foliões, enquanto o Executivo pela milionésima vez vai discutir se o desfile será aqui, lá ou acolá, em prova mais que inconteste da falta de organização dos festejos e amadorismo.

Já era tempo do poder executivo pelo menos perceber que o número de habitantes somados aos turistas e a arrecadação milionária da cidade merecem um carnaval menos “chinfrin”, mais qualificado, mais organizado, com mais atrativos e incentivos as escolas e blocos no sentido de que ampliem suas atividades e possam ter tempo para fazer melhor do que fazem.

Talento não falta e nunca faltou, o faltante sempre foi verba, estímulo e tempo hábil.

A Prefeitura e o setor envolvido nos festejos de há muito deveria ter aberto negociação com os clubes termais, pousadas e hotéis e até a Associação Comercial para em conjunto melhorar a qualidade do nosso carnaval, tornando mais atrativo que os carnavais de Icém, Guaraci e Severínia.

Afinal, se estas cidades, sem ter um dos maiores clubes termais da América Latina e outros que se firmam na estrutura turística local, um sem número de hotéis e pousadas e uma arrecadação muitas vezes maior conseguem é impossível que Olímpia não consiga.

Só basta uma coisa, esta coisa se chama vontade política, pois gente talentosa para a tarefa há e de sobra.

 

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