AINDA MEIO …

… atordoado com esta verdade que é incontestável, pois é a única certeza que sem tem desde o dia que se nasce, mas que ninguém está preparado para ela, principalmente quando esta acontece com entes queridos.

A MORTE COMOVE …

… sempre, mesmo que se arrume mil razões para justificá-la. Quem cultiva sentimentos de amor, liberdade e solidariedade, principalmente, acaba se emocionando sempre que vê qualquer coisa que firam estes princípios.

QUEM NÃO …

… se emociona, por exemplo, ao ver uma mãe chorando ao ver seu filho tomado pela droga? Quem não se emociona ao ver um cachorro sendo maltratado? Nestes casos específicos tem quem pense ao contrário, ou que ache mil razões para justificar sua insensibilidade, no entanto, diante da morte é difícil encontrar quem não se comova, quem não sinta a sensação de que a vida é finita e que basta estar vivo para morrer e, principalmente, quem se acostume com a ausência, com a perda.

ESTE COLUNISTA …

… perdeu sua mais antiga fã, seu amor mais duradouro e o ombro mais carinhoso, mais compreensivo, o colo originário; aquela de que deu origem ao clã, a estes olimpienses que quando se juntam tudo é alegria e, realmente tudo acaba em macarronada. Dona Irene Volpe Spinelli ou simplesmente minha avó caminhou para as estrelas no último dia 5, uma quarta-feira de junho de 2013, 93 anos depois de ter vindo ao mundo.

A GENTE …

… por mais que fique distante, por mais que passe o tempo, sempre temos a segurança de ter alguém que sabemos irá nos compreender, certamente nos ouvirá com os olhos de quem nos tem como parte de si mesmo, como extensões de seu corpo e de sua alma.

A PERDA …

… de um ente querido, de uma matriarca que nos acompanhou por toda a vida, também gera a sensação de que se está mais sozinho. Perdemos o colo, o ombro, a compreensão de alguém. Mas também vem a certeza de que se quebrou o cordão umbilical mais antigo. Foi-se a que era a última instância.

ESTE COLUNISTA …

… ainda tem na última mente, o último contato, quando aquele ser já dormia, sedado para não mais sentir a dor que rasga este corpo tão fraco que não resiste por muito tempo, se deteriora até se desintegrar.

OS ÚLTIMOS, …

… suspiros, para passar para o eterno pensar.

MAS, …

… deixando de lado os devaneios de mais uma noite de outono frio de quase inverno, vamos ao assunto que acabou repercutindo na semana que passou.

ESTE JORNAL, …

… ao checar portal da transparência do legislativo local, se deparou com uma conta de quase R$ 3 mil com a empresa Café Jaguari, que pelo próprio nome já diz, só pode vender café.

PELA PRÓPRIA …

… falha na transparência, do portal da transparência, que embora mais transparente que o da prefeitura, ainda não pode ser considerado totalmente transparente, não trazia a especificação do que havia sido adquirido.

PARTINDO DA …

… hipótese que o café Jaguari vende o produto café, a editoria desta Folha que, por acaso é exercida por este jornalista, resolveu então calcular a quantas andaria o consumo de café na Câmara local.

NÃO DEU OUTRA …

… o valor gasto até o início de junho dava para consumir centenas de xícaras de café por dia.

OCORRE …

… que o café Jaguari não vende só café, mas também aluga e vende máquinas de preparar o famoso cafezinho tão consumido pelo brasileiro.

O PRESIDENTE …

… da Câmara, então, foi logo na segunda-feira até a rádio cidade onde este colunista, junto com seus companheiros Willian Zanolli e Luciano Buzzoni, faz um programa noticioso das 11h30 as 13 horas, de segunda a sexta e explicou que embora não estivesse especificado no portal da transparência do legislativo, o dinheiro gasto com a empresa Café Ja­guari, havia sido empregado na compra de uma máquina de café expresso (aquela que mói e já processa o cafezinho) para o seu gabinete.

O OUTRO …

… assunto que ainda não repercutiu mas irá repercutir esta semana foi a entrevista dada pelo prefeito Eugênio sobre vários assuntos, mas principalmente aquele que não ficou muito bem explicado e que deverá, sem dúvidas causar expectativa pela sua importância.

O PREFEITO …

… veio a público num dia dando a entender que as obras de captação de água do rio Cachoei­ri­nha para abastecer a cidade aproveitando a antiga ETA construída pelo ex-prefeito Moreira estaria paralisada e que estaria tentando rescindir o contrato com a empresa do grupo Demop e que está sendo investigada pela operação Fratelli.

DOIS DIAS …

… depois volta a falar na mesma rádio desdizendo o que disse e confirmando sem explicar muito que a empresa teria ficado alguns dias com as obras paradas mas que estaria voltando às atividades.

COMO A COISA …

… não ficou bem explicada, o que se pode entender é que ou a empresa está passando por necessidades em razão da situação que está enfrentando, inclusive com bloqueio de dinheiro e bens (que foi revertido na justiça recentemente), ou alguma coisa pode ter sido descoberta pelas investigações do Ministério Público Federal ou do Estadual, ou ainda, que outra coisa qualquer que não pode imaginar a nossa vã filhosofia. Quem viver e sobreviver, saberá.

José Salamargo … tentando encontra explicações para esta verdade absoluta que teima em reinar e decepar vidas, abreviar sonhos, extirpar planos e a deixar órfãos estes seres humanos.