22 de abril | 2018

Geninho ficará inelegível, não se elegerá, ou irá para a prisão?

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Do Conselho Editorial

Este jornal, que no primeiro ano de mandato de Eugênio José Zuliani acreditou com todas as letras do alfabeto da positivi­dade  que seu mandato, transformaria a realidade política, sentiu a sua decadência política dia a dia, omissão a omissão, mazela a mazela.

Jovem, carismático, com uma dinâmica inicial que impressionava pela quantidade de placas esparramadas pela cidade anunciando obras como nunca acontecera antes.

Tudo foi se desfazendo e comprovando que o que se instalou na prefeitura local foi um estado de anarquia total e desrespeito aos cuidados mínimos com a responsabilidade do bem governar.

Cercado do que pode ter de mais atrasado e antipático na política, Geninho governou para si e para os seus transformando a Prefeitura em um enorme balcão de negócios, que desmontado parece que esparrama baratas e ratos por tudo que é lado que se olha da passada administração. 

As obras anunciadas, em parte, ficaram pela metade, foram mal concluídas, inacabadas e deixando a sensação de ter sido construída com material sem qualidade alguma ou com a sensação de que foram projetadas para custar muito mais barato do que o necessário.

Uma olhada na UPA, nas rotatórias destruídas, lombadas mal feitas, material abandonado da ETA, praças da Santa Azul, Pito Acesso e outras, escolas abandonadas, saúde suca­teada, máquina pública inchada, tudo cheirando a abandono e esquecimento.

Deixando a Prefeitura, começou a colecionar inquéritos e denúncias e talvez passe a história como o prefeito que mais colecionará ações a ser respondidas na Justiça.

Isto gera na população uma série de perguntas em relação a sua possível candidatura a deputado federal ou estadual como se cogita por ai.

A mais comum é a que questiona a sua pretensão de se candidatar para conquistar o tal do foro privilegiado e como a maioria dos políticos eleitos se safar da rapidez e da mão algumas vezes pesada da justiça em primeira e segunda instâncias.

Outras que não poderiam deixar de faltar na boca dos leigos nesta hora é se ficará inelegível ou se poderá ser preso em razão do número de inquéritos a que responde.

O editor deste jornal em sua coluna semanal, advogado que é, já explicitou que a prisão não tem como acontecer, eis que as ações não são penais, transitando na esfera civil e se houver responsabilização esta se dará na forma de devolução daquilo que se presumir tenha sido desviado, se concluir que foi, cumulada com multas e perda de outros direitos.

A inelegibilidade transita na mesma órbita do con­ceito demonstrado pelo colunista e mesmo que fosse na esfera penal não haveria tempo até o registro da candidatura e eleição para julgamento por um colegiado como prevê a Lei da Ficha Limpa.

No entanto, a possibilidade de condenação nas urnas existe e não pode ser descartada nestes tempos de Lava Jato, de caça às bruxas; dificilmente Eugênio se livrará de alguma ou algumas condenações, ostentando onze denúncias e com sete inquéritos esperando a vez.

Esta onda de mo­ralização e de combate a corrupção iniciada pelo candidato a presidente de Eugênio, Aécio Neves, atingiu até ele em cheio, que dirá um lambari pequeno do córrego esquecido dos Olhos D’água.

A outra pergunta que o povo faz é a se Eugênio se elegerá deputado ou não; aí só com bola de cristal, cartas de Tarot, búzios ou consulta ao oráculo.

É impossível uma previsão exata. Porém, pelo desespero demonstrado pelos “Fake News” que o defendem na rede social, a impressão é a de que encontrará dificuldades para chegar lá.

O que deveria ser seu candidato, o presidente do DEM, não decola nas pesquisas, sobrando a possibilidade de coligações com o ex-governador ou o ex-presidente que estão mal das pernas também.

Diferente da eleição que Aécio disputou, a direita está em frangalhos e dificilmente se resgata a tempo de ser competitiva eleitoralmente.

Geninho perdeu a máquina pública e tudo indica que conseguiu ganhar adversários que dificultarão a colheita de votos por aqui.

O candidato que apoiou teve um desempenho pífio na última eleição, prova de seu desgaste frente a administração.

Seus gargalos de ineficiência, irresponsabilidade, incapacidade administrativa vagarosamente são conhecidos e até outubro, pelo que se depreende não sobrará pedra sobre pedra de sua atuação persona­lista, cheia de ostentação, exageros, virtualidades, mas incapaz de produzir progresso e avanços.

A única coisa que Geni­nho conseguiu mudar na história de Olímpia e que ninguém pode perceber foi o gabinete das luzes milionárias onde se escondia da população para só sair das cadeiras confortáveis e do ar condicionado no período eleitoral.

Se contar com muitos votos em Olímpia, contrário ao que dizem muitos de seus bajuladores, que não precisa de Olímpia para se eleger, pode amarrar as calças, prender os cadarços do sapato, trocar a sola do sapatênis e amassar barro pelas vilas, dar tapinhas nas costas, beber café e abraçar banguelas que conquistar votos por aqui não vai ser fácil.

E se denunciado várias vezes, como se prevê será, será mais difícil ainda neste tempo em que as páginas do próprio Eugênio nas redes sociais pedia, no passado, antes do Aécio, por ironia do destino, um pais sem corrupção.

Quem não sabe jogar bumerangue às vezes não percebe que o brinquedo perigoso pode voltar contra si e este pode ser o problema a ser enfrentado pelo Eugênio que nunca imaginou que da sua fábrica virtual de maravilhas poderia nascer uma realidade difícil de ser encarada para quem viveu de fantasia.

 

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