25 de agosto | 2013

Geninho, fim de carreira ou não?

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Do Conselho Editorial

Dois eventos anunciados por Eugênio José pode levar a conclusão que pavimenta sua intenção de se candidatar a deputado nas próximas eleições, como divulgado desde antes de sua primeira eleição.

Levando-se em conta sua disposição no sentido de se promover através do dinheiro público, criando situações de marketing que o promova como se eventos públicos importantes fora, está iniciada sua corrida em direção a Assembléia.

A 7º Conferência dos Municípios do Noroeste Paulista a ser realizada no Thermas dos Laranjais é uma demonstração de força e prestígio político que será levada a efeito com a presença de significativas autoridades do mundo político, que de certa maneira endossam a possível disposição da candidatura.

Ao que tudo indica e até que se prove o contrário, tudo pago as expensas do poder público, com divulgação regional, supervalorizando um evento que ao longo de sete anos passou desapercebido, mas como se aproxima o ano eleitoral, a tendência é que eventos deste tipo ganhem envergadura e cumpra funções políticos eleitorais.

Além de alavancar possível candidatura de Eugênio, está confirmada a presença do governador Geraldo Alckmin que tem cumprido pauta positiva pelo interior do estado, segundo conhecidos analistas políticos, tentando reverter o desgaste que os movimentos sociais trouxeram a seu desejo de se reeleger governador do Estado.

As pesquisas de opinião pública demonstram que Alckmin despencou nas intenções de voto, o que, de certa maneira, obriga que faça um corpo a corpo com o pretendido eleitor futuro e a 7º Conferência se mostra uma boa oportunidade para isto.

A também anunciada presença de Aécio Neves no final do evento, mineiro, pretendente a candidato a presidente da República pelo PSDB, partido que tem em sua base o DEM no Estado de São Paulo, evidencia, de forma bastante descarada, os propósitos eleitoreiros do evento.

Não haveria necessidade da presença de Aécio no evento a não ser o fato de oferecer palanque eleitoreiro as suas pretensões políticas, se for levar em consideração que o estado foco de sua atuação política é Minas, e que sua performance nas pesquisas para presidente o coloca em situação bastante desconfortável.

Isto não significa, porém, que Olímpia perca algo com o evento, muito pelo contrário, ganha, na condição de anfitriã do evento que será divulgado em termos regionais, estaduais, ou nacionais, dependendo da importância que se vislumbrar no que for discutido.

Quem perde é sempre o povo o brasileiro, de forma geral, principalmente se o objetivo for colocar em evidência candidaturas futuras, ou ajudar a sair da área de desconforto futuros candidatos, no caso, Eugênio, com o envolvimento na investigação da Máfia do asfalto e Alckmin e Aécio com as possíveis candidaturas em queda livre nas pesquisas de intenção de voto.

Afora isto Eugênio já anunciou que, coincidentemente, no ano que vem, ano eleitoral, o Festival Nacional do Folclore, que comemora 50 (cinqüenta anos), terá dez dias de duração e contará, coincidentemente, pela primeira vez, com a presença de um governador de Estado, que o coincidente destino das coisas inexplicáveis sugeriu que fosse e vai ser, o governador Alckmin, sem contar que a pureza das coincidências tirou para este ano eleitoreiro da caixinha de surpresas o nome do Estado de São Paulo para ser o homenageado no Festival Nacional do Folclore.

 Outra notável coincidência é o anuncio de que estas coincidentes comemorações folclóricas serão deslocadas para agosto, mês mais próximo das coincidentes eleições do ano que vem.

Outra coincidência, que talvez possa ser obrigatoriedade, o anúncio de que Olímpia poderá se transformar na Capital Nacional do Folclore se vingar a pretensão de um deputado a quem foi sugerido transformar em lei, o que já é um fato.

E obviamente não teria muita lógica que a Capital Nacional do Folclore comemorasse o evento fora do mês apontado no calendário como mês do folclore.

Neste caso pode ser que a mão das coincidências pode não ter pousado, mas há a possibilidade de pousar se concretizado for o desejo do deputado e dos políticos interessados em anunciar este evento como se fora a salvação da lavoura, quando se trata de apenas um título como tantos, com o qual sem ter a população já vive sem grandes sobressaltos no seu dia a dia.

A não ser a percepção de que o Folclore em si, em suas manifestações autênticas, morre no município e já há algum tempo respira por aparelhos e dá sinais que esta comemoração política de seus cinqüenta anos de vida nada mais é que aquilo que se convencionou chamar de melhora da morte.

Confirmada, se confirmada forem estas intenções politiqueiras levadas a efeito com dinheiro público para alavancar possíveis candidaturas, resta saber se diante do que se vislumbra para o futuro se terá valido a pena ter gasto tanto dinheiro para não se chegar a lugar nenhum.

Geninho que mudou as cores da cidade e praticou outras coisas “notáveis” para ser eleito duas vezes, continua caminhando, agora em terreno pantanoso, com a mesma prática que sinaliza na direção da crença da impunidade, amparado por dois candidatos a governador e a presidente com dificuldades de alçarem vôo, aposta em um futuro promissor.

Futuro que não depende apenas e tão somente de sua visão faraônica de mundo, depende do resultado que seu grupo conseguirá no plano estadual, das dificuldades que poderão ser impostas, caso venha a ser denunciado nas investigações que prosseguem, e depois, do voto, que as vozes das ruas afirmam será mais exigente nas próximas eleições.

Se Geninho iniciará nova carreira, como sinaliza a direção de seu marketing hollywoodiano e caro, só as coincidências ou o destino, como crêem alguns, poderá  demonstrar se chegou no fim de uma carreira que poderia ser brilhante por conta de seus exageros, o tempo mostrará.

Até lá a cidade irá conviver com o mundo surreal e imaginário que o prefeito vende como se realidade fosse.

Uma população transformada em Alices no País das maravilhas pagando um alto custo social por devaneios e sonhos de um festeiro personalista que privilegia a si e seu grupo sem se atentar que descuida de seres humanos.

 

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