07 de junho | 2015

Grita geral, queixa generalizada

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Do Conselho Editorial

Menos de trinta dias para que possa começar alguma reação no comércio, se levarmos em conta que em julho começará o período de férias, sendo Olímpia estância turística, nisto estão apostando os comerciantes locais.

Por enquanto a grita começa a ter contornos de ser geral, maioria dos comerciantes e empresários se queixando de que as coisas estão indo de mal a pior, e o que pode ser pior que isto, alguns dentre eles não estão conseguindo vislumbrar uma luz no fim do túnel.

Cenário nacional de pessimismo ao que tudo indica começa a marcar presença na cidade de Olímpia.

A que foi próspera produtora de café, depois passou a ser considerada a Flórida paulista por conta da laranja, sinalizou que poderia estar entre as grandes do setor moveleiro, migrou para a cana, produzindo riquezas através da usina local de açúcar e álcool, finca também suas esperanças no turismo.

O álcool e as grandes usinas dão demonstrações de que atravessam momento econômico muito difícil, a usina local embora possa de forma externa demonstrar certa segurança e conforto, internamente deve estar se preocupando com a crescente inflação e a baixa demanda dos produtos de maneira geral.

O turismo está visivelmente abalado neste período de baixa temporada e sobra aos que investem no setor a esperança de que o mês de férias possa trazer bom fluxo de turistas à cidade permitindo dar suporte financeiro para que seus investimentos pelo menos respirem até a próxima temporada aguardando a volta do crescimento no país.

 As notícias que chegam da maior parte do país são as mais acalentadoras, o Estado de São Paulo pelo PIB baixíssimo apresentado dá sinais evidentes de que deixa de ser a locomotiva da nação.

Nossos governantes, de maneira geral, têm demonstrado um imobilismo, uma inércia incompatível com o quadro desenhado até aqui.

Chega a ser espantosa a falta de criatividade e a ausência de proposições para que se supere este momento de dificuldades demonstradas pelo governo federal, estadual e o municipal, dando mostras de que se depender do poder público a crise adquirirá proporções insustentáveis.

Todo dia, na contramão da história os governantes impõem aos cidadãos comuns e aos empresários novas taxações, aumentos, obrigações incompatíveis com o momento, que ampliam a inflação e dificultam a retomada do crescimento.

O desemprego já começa a ser uma constante nos lares brasileiros, o que antes não se percebia agora é bastante visível.

A mão de obra, os profissionais liberais, que antes recusavam serviços pequenos e tinham acúmulos de trabalho, estão preocupados com a queda da procura pelos seus trabalhos.

É esperar ansiosamente o mês de férias, ele será o grande sinalizador de a quantas anda de fato a economia nacional, embora seja mês de frio, e a freqüência do clube possa ser menor, sempre houve bom público neste período, se o poder aquisitivo do brasileiro estiver da forma como se imagina que esteja, haverá reflexos na economia local.

Principalmente na que está ligada ao setor turístico, que em contrapartida refletirá nos outros setores, que mesmo que imaginem que não haja dependência entre si, há, por menos que possa haver sempre há.

É aguardar para ver de perto o que será a próxima temporada, e cruzar dedos para que nossos governantes compreendam a extensão dramática do que pode estar por vir, deixem de lado preocupações político partidárias eleitoreiras e partam para a apresentação de proposições que diminuam a carga enorme de impostos, possibilitem e estimulem a retomada do crescimento modernizando um pouco o estado burocrático permitindo que o custo de produção seja internacionalmente competitivo.

Esta grita geral e generalizada que atinge cidades do porte de Olímpia demonstra um cenário político travado pela falta de criatividade e vontade política de modernização em todas as esferas de governo.

Só se discute obviedades, obras e faraonismos que possibilitam corrupções. Não se discute o que deveria estar sendo discutido, investimento, diminuição do número elevado de impostos e estímulos à retomada do crescimento, burocracia demais e serviços de menos.

Se não houver recuos e inteligência, não é o que se deseja, mas, com certeza se chegará ao fundo do poço.

 

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