29 de janeiro | 2017
O lado positivo e o negativo das primeiras ações do governo atual
Do Conselho Editorial
O governo atual, de Fernando Cunha, iniciou seu mandato sem causar nenhum impacto em razão dos nomes escolhidos para o seu time de primeira grandeza que não revelou estrelas de alto brilho ou potencial que poderia perceber algo notável e surpreendente no andar da carruagem.
Na pasta de maior visibilidade e de maior destaque na campanha eleitoral, por ser o setor responsável pela criação de maior número de empregos na cidade, o Turismo foi brindada com uma velha e manjada figura, cujo nome, por mais esforço que se faça, não empolga quem conheça minimamente os bastidores da política local.
Outros nomes, sobre os quais não pesam suspeições ou passado que não habilite para cargos públicos de responsabilidade, em sua maioria, não são publicamente reconhecidos por terem familiaridade com as pastas que irão cuidar.
Lógico, que estas dúvidas serão esclarecidas ao longo do mandato, uma delas, referente ao próximo carnaval, já dá ares de repercussão nas redes sociais, evidenciando que o que foi simples ao longo dos anos começa a ser difícil para quem demonstra não ter perfil para lidar com o desconhecido.
Neste aspecto, voltou-se ao governo dos experimentos, dos laboratórios, das indefinições que reduziu Geninho e seu staff a condição de zero a esquerda em matéria de administração e de organização de seja lá o que fosse.
O muda carnaval para a avenida, e para o recinto do Folclore, e faz o mesmo com o festival do folclore, e transporta campeonato de não se sabe o quê para o ginásio de Esporte, depois leva para o Recinto, e é o festival de qualquer coisa que ora se realiza na Casa de Cultura, outra hora no recinto, é festival internacional na praça, depois não se sabe onde e nesta indecisão seguia o velório das coisas públicas não se sabendo para qual cemitério.
E quando se pensa que este passado surrealista e absurdo estava enterrado, esperando missa, eis que ele ressuscita no país que afirmam não para amadores. E parece que vem fantasiado de palhaço a fazer palhaçadas no reinado de momo.
Tudo como era antes no quartel de Abrantes.
Uma cidade turística que não consegue organizar o carnaval, pode desistir de sua vocação turística e pegar no cabo da enxada que será melhor sucedida; ou coloca um jeca que pense mais que uma jaca no lugar certo; que tenha solução e não problemas; pois a cidade já viu este filme antes e imaginava que letreiro com a palavra Fim teria se dado no final do governo das irresponsabilidades e do caos administrativo.
Algumas coisas, porém, anunciadas, levam a crer que em algumas áreas parece que a intenção é boa, muito embora o inferno esteja carregado delas, necessário evidenciá-las.
Milhares quilos de papel gastos neste jornal, no editorial e em outras páginas, alertando para a irresponsabilidade que era não cuidar da Represa do Recco, projetada por Kokey Uehara graciosamente para que a cidade de Olímpia não sofresse tanto com as enchentes e depois restaurada novamente com o auxilio de Kokey para ser abandonada a própria sorte pelos irresponsáveis que descuidavam da cidade.
Isto levava e leva risco de enchente ao Thermas e aos comerciantes localizados na Avenida Aurora Forti Neves na região localizada após a estação rodoviária.
Muitas vezes os comerciantes sofreram com inundações provocadas em parte pelo abandono daquela represa e da manutenção constante do Ribeirão Olhos Dágua que se encontra assoreado na região central.
O anúncio de técnicos que vistoriaram o riacho, da represa até a região do Thermas, é algo muito positivo, visto que demonstra comprometimento com os investimentos dos empresários situados à margem do Olhos D’água e que poderão estar mais seguros em relação às enchentes, se obras de prevenção forem levadas a efeito, no tocante a não serem atingidos em períodos de chuvas pouco acima do normal como vinha ocorrendo.
Outro detalhe é o anúncio de três pontes sobre o Olhos Dágua nas proximidades do Thermas e uma saída (entrada) para a vicinal Natal Breda, o que diminuiria em muito o fluxo de veículos na região do Clube de Campo.
Matéria de muito debate nesta Folha, extremamente necessária, e a prova disto se evidencia no festival gastronômico levado no Clube de Campo cuja entrada de veículos está localizada na rotatória antes da ponte e que transformou o trânsito naquela região, em um verdadeiro caos, sendo inclusive recomendável, caso não haja, a presença de agentes de trânsito por ali.
A correção da irresponsabilidade da falta de tratamento de esgoto com a finalização da ETE – Estação de Tratamento de Esgoto, em uma cidade em que se autorizou um número sem fim de loteamentos e não se finalizou a obra de tratamento de esgoto, coisa no mínimo absurda.
E a conclusão da ETA – Estação de Tratamento de Água, através do pedido de autorização da perfuração de um poço profundo que poderá tornar a operação tanto de finalização da obra quanto do futuro tratamento da água mais barato e solucionando um problema de abastecimento que obriga a população a sacrifícios imensos em razão da falta de água, ou da água de má qualidade frequentemente trazendo incômodos aos moradores e aos visitantes.
Outras ações que, se finalizadas, produzirão um efeito positivo na busca da cidade pela sua vocação e pelo seu futuro e que serão debatidas por aqui, assim como serão debatidos os laboratórios e as ações amadoras que tratam o contribuinte como cobaias onde o erro ou o equivoco provocado pelo agente público nomeado e despreparado para a função serão sentidos por todos.
A primeira delas, o carnaval, ao que tudo indica, a guerra de egos, as vaidades infladas, não permitiu visualizar que a forma já foi aplicada e mal sucedida. Tentar novamente é como autorizar o editor deste jornal a repetir a frase que adoraria nunca ter escrito.
– Eu não falei.
Que há de se concordar que é bem melhor que escrever o tradicional: errar é humano e persistir no erro é burrice.
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