06 de fevereiro | 2022

Olímpia está correndo o risco de virar uma “nova” Caldas Novas?

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“Como acreditar que quem nunca se preocupou com sua
própria sociedade, seus concidadãos, deixará de
estampar os cifrões nos olhos e promover a
justiça social, o Estado de Bem Estar
Social em terra que utiliza para
lucrar, lucrar e lucrar”.

Mestre Baba Zen Aranes.

 

NUMA SEMANA …

… dominada pelo ataque frontal deste inimigo contundente, a variante Ômicron, que está causando estragos que não eram esperados, com recorde total de contaminados e já 11 mortos em menos de 20 dias, ainda repercute a entrevista do prefeito Fernando Cunha se postando frontalmente contra o referendo para a privatização do Daemo e todas a nuanças que estão para ocorrer na pior Câmara dos últimos séculos em toda a história da humanidade.

DO LADO …

… da entrevista do prefeito, no entanto, uma situação foi sentida por alguns que chegaram a ficar preocupados com a situação: A “caldalização” do turismo olimpiense.

PERA AÍ, …

… não entendeu nada. Pois bem, o termo não existe, você pode ter pensado que o prefeito estaria querendo jogar um caldo em alguém. Mas não tem nada a ver. O termo foi cunhado aqui para significar que se não se fizer nada, poderemos nos tornar uma nova Caldas Novas, com o nosso futuro nas mãos de poucos investidores que estão dominando todos os investimentos (são sempre os mesmos de Olímpia e os famosos paraquedistas “goianos” que vieram sugar nosso sangue).

LÁ EM CALDAS …

… que não dá mais caldo, ao que parece, começou assim. Alguns poucos gatos pingados ficaram com o controle do principal produto da região, a água, e dominaram o turismo, levando a cidade a ficar muito próxima de virar uma Ibirá, para se ter um exemplo mais próximo.

O QUE CAUSOU …

.. o torpor em alguns seres pensantes que ainda resistem nesta terra de coronéis foi a parte em que o prefeito fala justamente da questão das nossas águas quentes e dá a informação que já tem “goiano” vendendo o “precioso líquido” na cidade.

A CONVERSA …

… na rádio Cidade na terça-feira, 22 de janeiro, começou quando este colunista, que junto com sua filha ancora o programa Cidade em Destaque, de segunda a sexta-feira, das 11 ao meio dia, perguntou ao prefeito se a possível privatização do Daemo não traria um possível risco de virar uma Caldas Novas.

O PREFEITO …

… acabou explicando como funciona o sistema de concessão e comercialização destas águas.

ELE ENFATIZOU …

… que a água quente não tem nada a ver com DAEMO. “O Daemo trabalha é água potável e não com o produto para a balneabilidade”, afirmou.

QUANDO …

… perguntado se já tinha gente vendendo água quente, confirmou que sim. E explicou: “A prefeitura pede no DAEE do estado, autorização a fim de vender água potável. Isso é rápido e fácil de conseguir. Se é para balneabilidade tem que pedir em Brasília e demora 3 anos”, explicou.

E CONTINOU: …

… “Aí tem que constituir uma mineradora para produzir água e mineralizar. É igual uma pedreira. O Thermas deve ter uma mineradora lá dentro. O Hot Beach tem uma mineradora. Ele vende água para os resorts deles. O Celebrattrion, o Thermas Park, compram água do Hot Beach. Os goianos têm aqui no Enjoy um poço. E eles tem ali no Santa Ifigênia um poço mineradora. Eles estão vendendo água para o Solar das Águas. Então, em Olímpia já tem isso funcionando”.

O PREFEITO, …

… na ocasião, complementou ainda que: “Eles já estão vendendo água aqui. E isso acontece também em Caldas Novas, só que de forma descontrolada. Mas no que depender de mim, isso aqui não vai acontecer. Por isso tem que ter agência reguladora. A prefeitura vai ter esses poços através do DAEMO e controlar a tarifa. Vai determinar que se pode vender água quente a um preço tal”, declarou.

O PREFEITO …

… espera, mesmo com a privatização, ter como controlar o tal mercado através de uma agência reguladora para não virarmos uma Caldas Novas. Mas, com a privatização do Daemo que é quem vai ter o controle de dois poços e vai ter também o do poço da Petrobrás e mesmo o fato de que a política não é estável e algo que se pode prever, não há como se garantir que alguma coisa não irá ocorrer.

É POR DEMAIS …

… temerária a situação, principalmente pela falta de compromisso que os próprios “goianos” e mesmo os pouquíssimos rentistas ou investidores olimpienses têm demonstrado para com a cidade e seus moradores que ficam com as privadas para lavar e ganhar uma miséria.

ESTE COLUNISTA, …

… inclusive, por ter a mania de tentar sempre enxergar o que os atos presentes podem resultar no futuro, foi um dos que ficou literalmente assustado com as declarações do prefeito.

SENTIU, …

… com todos os sentidos, que o futuro da cidade pode não ser o que foi imaginado pelo empresário Benito Benatti que adotou essa terra como sua e foi o grande idealizador de uma Olímpia turística e pujante para todos os seus cidadãos.

A POPULAÇÃO …

… vai ter que se virar para não deixar que algo de podre aconteça no reino da Dinamarca, mas, acima de tudo, terá que escolher muito bem quem colocar no poder, sob pena de ter que viver numa cidade dividida entre aquela pertencente a um grupinho de pessoas (lideradas pelos paraquedistas “goianos”) e a outra, quase fantasma, onde a miséria pode ser o imperativo categórico.

 José Salamargo, amargurado por ver as coisas caminhando para um futuro que já pode estar solidificado e não ter como ser alterado para as centenas e possivelmente, no futuro, milhares de lavadores de privada vivendo numa cidade abandonada como na série 3%. Quem puder, assista, para ver um exemplo do que pode já estar acontecendo.
E só para homenagear o momento zen por que passa o grande causídico Silvio Facetto, transcrevo aqui frase que sacou de suas leituras para sintetizar a coluna de hoje: “Quando tudo for privado, seremos privados de tudo”.

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