“Se tudo fosse do jeito que eu quero, viveríamos num mundo onde todos
pudessem viver aquilo que conseguissem refletir que fosse o melhor
para si. Mas, como poucos conseguem exercer esta capacidade
humana, temos que aceitar viver uma realidade considerada
a menos ruim possível, pois a maioria esmagadora
apenas reage para atender seus instintos animais′′.

Mestre Baba Zen Aranes

EM PRIMEIRO LUGAR …

… o meu muito obrigado pelas palavras de carinho recebidas pelo Whats, pelas redes sociais e pessoalmente, na última quinta-feira (02), quando este ser que tem trombas chegou ao marco de seis décadas e três anos, bem vividas, mas não o suficiente para realizar seus principais sonhos, hoje rasgados pela visão cruel de um mundo que caminha para a sua própria destruição.

QUANTO MAIS EXTENSA …

… e recheada de conhecimentos, mais cruel fica a tal da razão, que passa a descrever a realidade de maneira mais detalhada, portanto, mais próxima do que possa ser classificada como real, ou como verdade, como queiram.

ENTÃO, BATE …

… aquela sensação de impotência, de incapacidade e a constatação de que o professor do sujeito que era conhecido pelo “platus”, por causa de seus ombros largos, estava coberto de razão: “quanto mais sei, mais tenho a certeza de que nada sei”.

AÍ, VOCÊ, CARO …

…leitor, pode até esbravejar, no conforto da cadeira onde está sentado neste momento: “esse cara é louco, ou quer demonstrar um pouco de humildade em meio a tanta arrogância”.

É UMA FORMA DE …

… pensar e como tal deve ser respeitada.

NO ENTANTO, …

… Sócrates tinha razão e até explicitou o porquê. Não dá para em tão pouco tempo que compõe o que chamamos de vida, se aprofundar nas minúcias de cada ciência, de cada área do pensamento. Se um médico jamais saberá tudo sobre a medicina, um engenheiro sobre engenharia, um matemático sobre a arte dos números, como o filósofo que tenta explicar a vida em relação ao mundo poderá chegar ao conhecimento pleno?

MAS, CONTINUANDO …

… a exercer a máxima de Descartes, Penso, logo existo e indo um pouco além, para o Penso, logo deixo de existir, o que passa a existir é o meu pensamento, o impasse se dá, atualmente, em outro aspecto, bem menos amplo, mas desconstruindo as normas morais: “Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come” (de Oduvaldo Vianna Filho e Ferreira Gullar).

AGORA A COISA …

… embaralhou de vez. De Descartes para a peça encenada em 1966, em plena ditadura, pois o dilema é justamente o pensar de Descartes e a desconstrução da nossa moral “Calvinista” dos modismos, do atender ao mero desejo.

ORA, SENHORES, …

… passamos recentemente os piores momentos de incerteza até da própria vida,vivemos um outro momento de dúvida sobre a possível volta destes mesmos instantes de terror e estamos a discutir se o acalmar dos nossos tesões sobrepõem as dúvidas e a incerteza sobre a vida e a morte.

EXPLICITANDO …

… um pouco mais, estamos correndo o risco de voltar a situações de agravamento dos números da epidemia do novo coronavírus e estamos discutindo se é melhor atender aos nossos desejos mais íntimos de luxúria, do extravasar as nossas emoções mais escondidas soltando a franga no Réveillon e no carnaval, ou correr o risco de ter de volta o caos total, com a possibilidade da fome e do aleijar milhares (sequelas) ou do enterrar os nossos mortos.

DO JEITO QUE …

… as coisas estão caminhando, este colunista já começa a entender que a pressão parece estar ficando grande por parte do mundo científico e fazendo com que o governador voltasse atrás na questão da liberação do uso de máscaras e até na antecipação de 5 para quatro meses para a aplicação da dose de reforço (3ª dose) e, em Olímpia, a adoção do tal do passaporte vacinal.

AINDA ESTAMOS …

… começando o mês de dezembro e, se o tudo continuar caminhando do jeito que está, não deverá assustar se o prefeito cancelar o Réveillon a decidir pela não realização do carnaval. Até as atividades culturais nas praças estão correndo risco, com certeza.

CLARO, NINGUÉM …

… tem bola de cristal e tudo vai depender dos estudos científicos que estão sendo realizados à toque de caixa (não das baterias das escolas de samba), mas enquanto a situação não clareia e mesmo após clarear, o negócio é vacinar. Está comprovado materialmente, principalmente para nós moradores de Olímpia, que conseguimos o índice esta semana de 80% de toda a população vacinada com duas doses, que a vacina salva e só ela pode nos ajudar a continuar vivendo da melhor maneira possível (pois igual era antes, com certeza, nunca mais será).

José Salamargo, colocando lenha na fogueira, com encanto ou desencanto, mas esperando que estejamos todos preparados para o futuro que pode ser pior ou melhor do que anseiam os nossos desejos carnais de gozar ao som do batuque ou da música dos “gordinhos” afinados marcando a passagem do ano.