31 de outubro | 2021

Por que não usar máscaras?

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“A desgraça do Brasil são alguns brasileiros”.

Do Conselho Editorial

Enquanto alguns países retomam alguns cuidados em relação ao combate a Covid-19, uma parte das autoridades irresponsáveis do Brasil discute a derrubada da obrigatoriedade do uso de máscaras.

Na terça-feira, 26, as autoridades chinesas anunciaram um confinamento na cidade Lanzhou, na região noroeste do país e com quatro milhões de habitantes, para conter um pequeno foco de COVID-19, a 100 dias do início dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim-2022.

Todos os bairros residenciais devem permanecer fechados e os deslocamentos estritamente controlados, anunciou o município, depois que a China registrou 29 contágios locais de coronavírus na terça-feira desta semana.

A China impôs controles rígidos na fronteira depois que o vírus foi detectado pela primeira vez no fim de 2019 e conseguiu reduzir o número de contágios a praticamente zero, o que permitiu a recuperação de sua economia.

Embora seja pequeno o número de novos casos na comparação com outros países, o governo chinês intensifica a vigilância. No momento em que o país se prepara para receber os Jogos Olímpicos de Inverno em fevereiro de 2022.

Em outros países outras decisões e discussões estão sendo conduzidas por autoridades médicas e políticas com seriedade visando, em princípio, o final da mortandade provocada pela epidemia e também o retorno das atividades industriais e comerciais com segurança visando o restabelecimento da economia.

Lógico que lá como cá existem redutos reacionários e negacionistas que se insurgem contra o uso de máscaras, desqualificam vacinas e negam a ciência.

No entanto, a maioria das autoridades e da população já concluiu que a saída é pela prevenção e pela aplicação da vacina na totalidade da população.

Entre as várias recomendações preventivas como distanciamento, álcool em gel, está a utilização de máscaras.

A parcela negacionista brasileira, reacionária e insuflada pelo gabinete do ódio e pelas Fake News insiste em que cesse a obrigatoriedade do uso de máscaras, no que é apoiada pelo Presidente da República que, entre outros absurdos, se nega a ser vacinado.

Como se pode observar na matéria relacionada às preocupações dos mandatários chineses na preocupação que não ocorram novos focos do Covid 19 se destaca a importância da retomada da economia.

Enquanto houver esta insegurança sanitária, país nenhum conseguirá retomar o crescimento e consequentemente a retomada do emprego e do poder de compra da maioria, molas mestras do impulsionamento econômico.

No Brasil, muito embora parte dos industriários, comerciários e políticos, aliados a parcela da população, contando com o apoio da mídia tradicional corrompida e parcial, além das redes sociais, falam em retomada da economia e parecem fazer de tudo para afundar o país.

A utilização de máscaras, por mais que possa ser um pequeno incômodo para alguns, não é nada comparado com o sofrimento de dias em um leito de hospital morrendo sufocado pela falta de ar ou o resto da vida penando com sequelas provocadas pela doença.

A mentalidade tacanha e obtusa de alguns parece que joga contra si mesmo, por engrossar fileiras em torno da não utilização de máscaras como se comunicassem a doença Covid-19 que estão ansiosos para contraí-la ou para a miséria que se está desejoso de morar na sarjeta como muitos infelizmente.

A fila dos consumidores de pé de frango, do osso e carcaça está crescendo assustadoramente, assim como os preços destes produtos que eram baratos ou descartados.

Se não se mantiver a obrigatoriedade da utilização de máscaras e criar instrumentos para que as pessoas que relutam a vacinação sejam motivadas a se vacinar, dificilmente a economia do país se reabilitará em pouco espaço de tempo.

A População da China, tendo o menor crescimento em décadas e atingiu 1,41 bilhão de habitantes e a população brasileira chegou a 213,3 milhões de habitantes, portanto, quase sete vezes mais que a população brasileira.

Para se ter ideia do nível de comprometimento das autoridades chinesas, em uma cidade com 29 casos os habitantes são confinados e as fronteiras do país são vigiadas.

No Brasil com mais de 600.000 mil mortos, ao invés de se discutir medidas mais severas e necessárias para o combate eficaz da doença, se discute a não obrigatoriedade da utilização de máscaras, como a desdenhar do número de mortes e pedir para que ocorram muito mais mortes.

A desgraça do Brasil são alguns brasileiros.

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