22 de março | 2021

Terroristas “negacionistas” continuam nas redes estimulando a violência contra o jornal

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“Enquanto houver vida e a saúde permitir,
estará este jornal, o jornalista e seus
colaboradores lutando em prol da sociedade,
da liberdade de imprensa e opinião,
da manutenção do Estado
democrático de direito”.

Do Conselho Editorial

Como é do conhecimento da maioria, este jornal sofreu um atentado terrorista na acepção da palavra, que poderia ter produzido resultados trágicos para o jornalista e sua família.

Sem exageros, para notar a gravidade dos acontecimentos, o atentado terrorista contra este jornal e a Rádio Cidade, a que se refere este editorial se não estancado a tempo, o incêndio poderia tomar proporções vultosas.

O jornal tem seu estoque de jornais anuais reservados para o caso de alguma pessoa necessitar de algum exemplar, por qualquer razão, possa ser atendido.

Afora isto abriga todas as edições encadernadas de todas as edições publicadas desde sua inauguração.

Conta com móveis, equipamentos e a moto que serve ao jornal e que, após o expediente, fica estacionada na recepção onde foi colocado fogo.

O prédio é antigo, com madeirame de sustentação que permite alta combustão e o prédio, um sobrado, é praticamente ligado, geminado, encostado a outros prédios e residências próximas.

Um ambiente propício para uma tragédia familiar e um incêndio de grande proporção.

Não fora os cães, melhores amigos do homem, a anunciar algo estranho acontecendo às quatro da madrugada, o jornalista, sua família e a vizinhança poderiam ter corrido riscos inimagináveis.

Superada a fase do susto e a recuperação daquilo que se presume poderia ter sido o saldo deste ato terrorista, é necessário avaliar as razões que levam as pessoas a não ter o menor respeito às opiniões divergentes e pelo desejo de imporem as suas, atuarem até com a possibilidade de aniquilar o que se opõe ao que pensam.

Embora o acontecimento tenha se configurado como um atentado terrorista em acepção existente nos melhores dicionários, há que se notar que a palavra tem sido utilizada há algum tempo por este jornal naquilo que expressam os dicionaristas.

“Comportamento intolerante e ameaçador usado por quem defende uma ideologia, em relação aos que não concordam com suas ideias, geralmente efetivado através da coerção ou da intimidação”.

“Maneira de estabelecer uma vontade através do uso contínuo do terror”. “Atitude intencional e geralmente

 continuada de intimidação ou intolerância”.

A este terrorismo se referia anteriormente este jornal e se os graduados, pós-graduados e doutores formados pela Escolinha do Professor Rai­mundo ou pelo WatsApp, interpretam de outra maneira, o problema é só deles e de sua má formação.

Este terrorismo de que tratava o semanário vem de longe e foi ampliado após este jornal ter dado publicidade a representação de advogados locais em desfavor de um empresário e um advogado que postaram mensagens favoráveis a insubordinação civil que aconteceria esta semana.

E não se está afirmando neste editorial que possam ter responsabilidade direta ou participação no incêndio criminoso, sendo o que se passa a tratar a seguir.

A título de manter o comércio aberto, foi divulgada uma ameaçadora carta aberta endereçada ao governador e ao prefeito local informando que no dia dezes­sete, (ontem) os comerciantes locais iriam se insubordinar contra todos os decretos publicados pelo governador e pelo prefeito que prescrevessem restrições ao comércio.

A partir da publicação da representação dos advogados ampliou-se uma campanha para que não se anunciasse neste jornal e iniciou-se outra de desmoralização da Rádio Cidade nas redes sociais.

O advogado Luiz Carlos Rosa Junior, um dos representados anunciou que iria processar o jornalista por tê-lo chamado de terrorista quando, na verdade, o mesmo apenas leu um termo que constava e consta da representação.

Não satisfeito, de forma bastante truculenta, postou em suas páginas nas redes, a recomendação a seus seguidores de que não se anunciasse no jornal.

Os comentários postados em suas páginas destilavam o mais puro ódio pelo jornal e pelo jornalista responsável.

Outro atingido pela representação, o empresário Marcos Miani, de maneira mais sutil endossou os ataques no sentido de que não se anunciasse no jornal e abriu uma frente contra a Rádio Cidade no mesmo sentido.

Por maldade, ou por não ter lido a lei que disciplina as rádios comunitárias, desejava o Senhor Miani saber se a mesma poderia divulgar propagandas de empresas.

Por desinformação, ou espírito revanchista, não sabe que esta emissora desde sua fundação foi alvo de muitas denúncias no Ministério das Comunicações por este motivo e será de outras mais, que não procedem, porque há o estrito cumprimento da lei.

De outra feita, no bojo destas ameaças, terrorismos, atentados contra a li­ber­dade de imprensa se somaram alguns comerciantes, populares, quase todos “ne­ga­cionistas” e “boso­mini­ons”.

A afirmação é pública por estar nas páginas destas pes­soas seu apreço ao mito, seu negacionismo, postura anticientífica, de discor­dân­cia ao cumprimento das regras no combate ao Covid 19, etc.

Entre eles os que mais enfatizaram a campanha, afora o advogado e o empresário representados, se destacam as senhoras Fran­cislaine Zanata, Pércio Melo, Maria Teresa Pavese, Her­mes Nascimento e outros, que mesmo que não tenham participado diretamente do atentado a este jornal, forneceram material nas redes para se criar antipatia e ódio pela linha editorial do jornal e seu editor.

Seu prints, inclusive, estão sendo analisados pelo departamento jurídico do jornal para possível futura responsabilização.

Está aqui se evidenciando nomes porque há nas redes sociais manifestação dos mesmos no sentido de continuidade do discurso que conduz as pessoas a pensarem que há uma campanha deliberada deste jornal e da emissora contra o comércio local.

Não há, nunca houve e nunca haverá campanha deste jornal contra o comércio local.

O jornal é uma empresa, um comércio como outro qualquer, a diferença é que seus produtos são os fatos e a opinião, além do compromisso com seus assinantes de buscar a notícia e a opinião mais próxima da verdade.

E as notícias dão conta que, em termos percentuais e proporcionalmente, há muito mais mortos em Olímpia que Araraquara.

As medidas tomadas lá já produziram resultado e aqui há um crescimento da pandemia e que a possibilidade de um Lockdown é cada vez mais tratada como possibilidade.

Enquanto houver este abre e fecha contínuo não haverá restabelecimento da economia.

Enquanto não se observar as regras de distanciamento e uso de máscaras, estará se enxugando gelo.

Enquanto estiver se acreditando em tratamento precoce, repudiando vacinas, a situação de desespero e morte perdurará, este é o pensamento que este jornal adota.

E adota pra voltar à normalidade que atinge seus funcionários, familiares e a economia do jornal que os “boso­minions terroristas locais”, no termo vernacular da palavra, fazem campanha para que o jornal não tenha condições de continuar circulando.

Enganam-se estas pessoas.

Desde a fundação este semanário olha para o precipício e para os que pretendem jogá-lo ribanceira abaixo.

E, passa boi, passa boiada e a caminhada na busca da melhor informação prossegue e o abismo dos tolos vai se entulhando de mentes embotadas, rançosas e sem vínculo algum com a democracia.

Enquanto houver vida e a saúde permitir, estará este jornal, o jornalista e seus colaboradores lutando em prol da sociedade, da liberdade de imprensa e opinião, da manutenção do Estado democrático de direito.

Os que não sabiam disto, saibam.

Para os inconformados sobra a informação de que o abismo está à espera.

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