14 de junho | 2015

Todos terão que aprender a rezar?

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SEM ENTENDER …
… muito, mas tentado pelo menos enxergar uma pouco além ou aquém, ou tentando apenas sobreviver neste mundo cada vez mais ininteligível, onde está prevalecendo o obscurantismo (atitude, doutrina, política ou religião que se opõe à difusão dos conhecimentos científicos entre as classes populares) o reacio­narismo (sistema político conservador, contrário à evolução político-social) e a hipocrisia da tal da inclusão; do querer que todos sejam iguais, sem ter direitos iguais, sem ter oportunidades iguais.

E A GENTE …
… vai assistindo a escalada rumo ao buraco negro ou a lugar nenhum, das nulidades que caminham acreditando que são ungidas e precisam continuar subtraindo de todos, mas não para dar aos pobres, mas, como Robin Hood as avessas, enriquecendo à custa de muitas almas ceifadas, arrumando sempre mil desculpas para amainar um possível arrufo de razão.

AÍ, A DIGNIDADE …
… vira lixo. O certo e errado passa a ser o vil metal. Nem a cumplicidade no lar tem mais razão. É preciso continuar sempre em frente, o que são dois pontos virtuais?

MAS, DEIXANDO …
… de lado as lucubrações precoces e partindo para esta realidade triste e, ao mesmo tempo, assustadora, em que a vida perde o significado, deixa de ser vivida e acaba con­su­mida por tantas imbecilidades, sem honra, sem emoção, sem arte, apenas a busca do vil metal. Não sobra tempo pra nada nem pra ninguém.

UFA! …
… como é duro deixar de divagar e voltar para a claridade escorchante da razão. Mas pensar, raciocinar, refletir é preciso e para isso temos sempre que acordar do sonho em que o vento acaricia a nossa face e sentir o bufar quente do sol do meio dia, ou do frio que, ao seu modo, queimam a nossa pele.

VAMOS, …
… finalmente, deixar de lado o navegar na maionese, para escorregar nesta realidade triste que assola esta cidade.

MAS, …
… ao que parece, já estamos entrando em mais um período pré-eleitoral. Vários nomes se colocam ou são colocados para o chamado balão de ensaio que sempre antecede as eleições que acabam elegendo sempre os mesmos representantes, descendentes, per­pe­tuadores ou políticos que levam a cidade do nada para lugar nenhum. Sempre mais dos mesmos.

NA SEMANA …
… que passou o jornalista Willian Zanolli fez uma enquete interessante entre os alunos da faculdade onde está cursando direito em Olímpia.

O INTRÉPIDO …
… filhosovovô, que rejuvenesce à cada dia, preparou uma cédula perguntando quem o entrevistado achava que seria pré-candidato a prefeito de Olímpia.

NA CÉDULA …
… constava os nomes, em ordem alfabética, de Beto Putini, Brocanello, Caia Piton, Fernando Cunha, Gustavo Pimenta, Hilário Ruiz, João Magalhães, Primo Geolim, Salata e Valter Gonzalis.

UMA ÚLTIMA …
… linha dava a chance do entrevistado acrescentar qual nome ele entendia que poderia surgir que não estava na lista apresentada.

SEGUNDO …
… o grande pequeno WillianSanchoPançaZanolli, como a pergunta era para colocar quem o sujeito achava que seria pré-candidato, não havia limite de escolha do número de candidatos, foram bem lembrados, Gustavo, Bro­canello, Beto Putini, Hilário, Gon­zales, Caia Piton, Fer­nando Cunha, Gerolin e Salata.

CLARO …
… a enquete não mostra quem está melhor na fita, mas, sim, quem o entrevistado acha que vai tentar concorrer ao trono iluminado da praça Rui Barbosa.

O DESTAQUE …
… então ficou por conta de nomes que, além de não estarem na cédula, também não estavam sendo comentados intensamente nas rodas “politiqueiras” local: nesta, entraram Zé das Pedras, Guto Za­nete, Leonardo Simões, e até pedido de que mulheres também tentem se  can­dida­tar.

CLARO …
… também não faltaram as sugestões em tom de sátira, como Tiririca, Xuxa e Clodovil, entre outros.

FORAM …
… realizadas aproximadamente duzentos e cinquenta enquetes, mas durante a próxima semana o intrépido jornalista e um dos únicos cidadãos de cidade, com C maiúsculo e na acepção mais pura da palavra, deverá realizar outras entrevistas no centro da cidade.

ZANOLLI …
… anuncia na cédula da enquete que os nomes apontados no trabalho serão convidados a dar entrevista sobre o que pensam de Olímpia, em seu programa que vai ao ar todas as segundas, quartas e quintas-feiras na rádio Cidade FM, 98,7 Mhz, das 11h30 as 13 horas.

SAINDO DA …
… política e passando para a politicagem e não é que o tal do vereador que está sendo chamado de Marco Zero, pela sua atuação nesta que é considerada a pior Câmara Municipal de todos os tempos, agora quer impor goela abaixo da população local o tal do Criacionismo.

AH, VOCÊ …
… não sabe o que é isso. Não se preocupe. Vamos pesquisar. Segundo o dicionário Houass significa: 1. Rubrica: teologia. Doutrina baseada no Gênesis bíblico, segundo a qual o mundo foi criado por Deus a partir do nada. 2. Rubrica: religião. Doutrina religiosa segundo a qual a alma de cada pessoa é criada no momento em que esta é concebida.

NA VERDADE, …
… ao que parece, o vereador, que seria evangélico, teria como pano de fundo incluir o ensino religiosos na grade curricular das escolas locais, contrariando o chamado estado laico – condição que coloca o brasileiro em situação de liberdade de opção religiosa.

JÁ TERMINANDO …
… sem quase terminar, já tem gente querendo vender terrenos pela metade do preço do tal do valor venal. Ou seja, já está pagando o dobro de imposto predial do que seria justo pagar. É mole? Pano rápido …

José Saramago – pedindo licença para transcrever em linguagem poética esta pérola da nossa música, adaptando os versos de Renato Russo para um dedinho de prosa:

Vamos celebrar a estupidez humana; A estupidez de todas as nações; O meu país e sua corja de assassinos; Covardes, estupradores e ladrões;

Vamos celebrar a estupidez do povo; Nossa polícia e televisão;

Vamos celebrar nosso governo; E nosso estado que não é nação; Celebrar a juventude sem escolas; Crianças mortas; Celebrar nossa desunião;

Vamos celebrar Eros e Thanatos, Persephone e Hades;

Vamos celebrar nossa tristeza;

Vamos celebrar nossa vaidade;

Vamos comemorar como idiotas; A cada fevereiro e feriado; Todos os mortos nas estradas; Os mortos por falta de hospitais;

Vamos celebrar nossa justiça; A ganância e a difamação; Vamos celebrar os preconceitos; O voto dos analfabetos; Comemorar a água podre; E todos os impostos; Queimadas, mentiras e sequestros; Nosso castelo de cartas marcadas; O trabalho escravo; Nosso pequeno universo; Toda a hipocrisia e toda a afetação; Todo roubo e toda a indiferença;

Vamos celebrar epidemias: É a festa da torcida campeã;

Vamos celebrar a fome; Não ter a quem ouvir; Não se ter a quem amar; Vamos alimentar o que é maldade; Vamos machucar um coração;

Vamos celebrar nossa bandeira; Nosso passado de absurdos gloriosos; Tudo que é gratuito e feio; Tudo o que é normal; Vamos cantar juntos o hino nacional; A lágrima é verdadeira;

Vamos celebrar nossa saudade; E comemorar a nossa solidão;

Vamos festejar a inveja; A intolerância e a incom­preen­são;

Vamos festejar a violência; E esquecer da nossa gente; Que trabalhou honestamente a vida inteira; E agora não tem mais direito a nada;

Vamos celebrar a aberração; De toda a nossa falta de bom senso; Nosso descaso por educação;

Vamos celebrar o horror; De tudo isso; Com festa, velório e caixão; Está tudo morto e enterrado agora; Já que também podemos celebrar; A estupidez de quem cantou esta canção;

Venha, meu coração está com pressa; Quando a esperança está dispersa; Só a verdade me liberta; Chega de maldade e ilusão;

Venha, o amor tem sempre a porta aberta; E vem chegando a primavera; Nosso futuro recomeça:  Venha que o que vem é perfeição …

Tão atual como se escrito hoje fosse, e aplicável em qualquer tempo, em qualquer lugar, em qualquer nação, em qualquer coração, basta deixar fluir a emoção e fazer esta tocar a razão.

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