“Importante é saber que depois do atentado
contra o jornal não houve mais manifestações
contra o fechamento do comércio ou contra
decretos do prefeito ameaçado de
morte, coincidências existem”.

Do Conselho Editorial

Pelo apoio recebido nas redes sociais, de parte da classe média porca, suja, imoral, decadente, bolso­narista delinquente, a impressão que se tem é de que o bombeiro não está só e pode fazer parte de uma quadrilha perigosa e violenta.

Algumas pessoas perderam ou nunca tiveram discernimento algum e estão se filiando ao terrorismo expresso e a ataques perpetrados contra a liberdade de imprensa como se apenas o que falam e escrevem pudessem ter espaço na sociedade.

A imprensa brasileira e órgãos defensores da liberdade de imprensa e da liberdade do pensamento se mostram horrorizados com o que ocorreu com o jornal Folha da Região.

Jornais do exterior e órgãos internacionais de defesa dos jornalistas publicaram e manifestaram sua surpresa e indignação com os fatos ocorridos em Olímpia.

No entanto, uma parcela da sociedade que se interpreta como acima de todas as coisas, que se considera impune, insiste na defesa do gesto terrorista provocado pelo bombeiro incendiário como se emitir opinião fosse crime e a sociedade só pudesse conviver com o pensamento emitido pela gangue a que pertence.

O jornalista responsável por este semanário está sendo caluniado, difamado, injuriado nas redes sócias assim como há uma campanha difamatória contra os órgãos de comunicação que dirige.

Há quem manifeste nas redes sociais a absurda insatisfação que o incêndio criminoso não tenha atingido seus objetivos, ou seja, matar o jornalista, o que poderia culminar na morte dos membros de sua família simplesmente por discordar de suas opiniões.

O paradoxal é que invocam o direito de se expressar eliminando o direito do outro se manifestar e fora do campo da ideia e do pensamento, extrapo­lando para a ameaça física e eliminação do opositor.

Que isto é criminoso todos sabem e se manifestam desta forma sua intenção de impor seu modo de pensar à sociedade, sem argumentos, através de métodos selvagens, é porque admitiram a ilegalidade e o crime enquanto proposta de construção de uma sociedade de milici­anos.

Tudo indica que uma rede de proteção ao bombeiro incendiário foi cons­truída por membros da sociedade local e por figuras de destaque em algumas instituições.

Documentos colocados no inquérito, sob os quais pairam dúvidas, vão reafirmando esta possível formação quadrilheira, esta blindagem feita por “marginais do bem” ao bombeiro incendiário.

O tempo dirá quem está por trás do atentado contra a vida do jornalista e sua família e da ameaça de morte ao prefeito.

É preciso apenas paciência para aguardar os acontecimentos e confiar que, entre os que conspiram contra o estado democrático de direito e a liberdade de imprensa, um dia alguém repense sobre a ilegalidade das ações praticadas e coloque claramente quem está por trás de tudo isto e porque está.

Uma coisa é certa: ao completar trinta dias da falta de solução para o caso comemora-se também mais de um mês sem manifestações de comerciantes e empregados à porta da Prefeitura.

A última manifestação que ocorreu em frente da Prefeitura foi dias antes do incêndio criminoso e participou da passeata de protesto e de desobediência civil, entre outros, Claudio Báia, o bombeiro incendiário e Luiz Carlos Rosa Junior, seu amigo advogado e outros comerciantes que fazem campanha severa e contínua contra o jornal, rádio e jornalista.

Uma coisa pode não ter nada a ver com a outra, coincidências existem e muitas, inclusive neste e noutros casos, e tudo pode ser fruto de coincidência ou não.

Importante é saber que depois do atentado contra o jornal não houve mais manifestações contra o fechamento do comércio ou contra decretos do prefeito ameaçado de morte, coincidências existem.

Coincidências existem e quando são por demais coincidentes nem as coincidências acreditam que os fatos aconteceram coincidentemente.

Às vezes o silêncio fala mais que o barulho.

Fica a dica.