06 de julho | 2022

As Aventuras dos Seres de Luz!!!. O leitor se encantará com histórias multigênero

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Vida em Comunhão

Um dos teólogos alemães mais importantes desde Lutero e uma das principais figuras da resistência antinazista, Dietrich Bonhoeffer tem mais um de seus clássicos publicados no Brasil: “Vida em Comunhão”. Depois do sucesso de “Discipulado”, que vendeu 120 mil cópias no país, a Mundo Cristão retoma as publicações do pastor protestante com este clássico da literatura cristã. Fundador da Igreja Confessante – ala contrária à política nazista, na qual atuou como reitor e professor, Bonhoeffer militou no movimento de resistência a Adolf Hitler após o fechamento do seminário que atuava. Em 1943, foi preso acusado de envolver-se numa trama para assassinar o ditador e acabou enforcado por ordem direta de Hitler em 9 de abril de 1945, na cidade de Berlim, semanas antes do término do conflito mundial na Europa.  Foi um cristão que testemunhou a fé de forma consistente e se opôs até a morte para salvar conterrâneos e judeus do holocausto nazista. Enquanto viveu, produziu alguns textos que inspiram cristãos em todo o mundo. Lançado em 1939, “Vida em Comunhão” busca colocar em prática os conceitos expostos por Bonhoeffer em “Discipulado”. Trata-se de uma reflexão sobre a prática comunitária em seu sentido amplo como passo essencial para revigorar a fé. Conforme o prefácio da obra deixa transparecer, o autor estava convencido de que a Igreja precisava buscar novas formas de vida comunitária. O livro tem 128 páginas.

 

As Aventuras dos Seres de Luz!!!

Em “As Aventuras dos Seres de Luz!!!”, primeiro livro/temporada da série “Terra Purificada”, do autor Tonico Clímaco, o leitor se encantará com histórias multigênero através do formato streaming literário com narrativa em labirinto. Com boas doses de aventura, suspense, terror e emoção, a obra aborda temas cotidianos muito conhecidos por nós, como o bullying, depressão, suicídio, justiça, coragem, o bem e o mal, e destaca que por pequenos e grandes gestos, cada um de nós somos seres de luz. Rica em detalhes, a narrativa passeia por diferentes cenários e épocas ao transportar o leitor através das experiências de personagens distintos. A série se inicia no mítico ano 1.000 a.C. com muita ação e aventura em batalhas épicas pela sobrevivência. Num segundo momento, a emoção toma conta com a sensibilidade de jovens sonhadores, que entre uma partida e outra de RPG, assumem o compromisso em ajudar pessoas, sem esperar por recompensas. Nas próximas páginas, Fabinho e seu coração gigante dão destaque para a energia de luz, que interliga todos os núcleos de personagens. E é ela quem aparece com força e brilho, quando o leitor embarca na história de terror da forte personagem Patrícia. Na sequência, o sempre solícito Cristian vive um grande dilema ao se descobrir um ser de luz. Agora que suas ações afetam a vida de todos à sua volta, vale a pena continuar vivendo? Estas são apenas algumas das figuras e cenários apresentados neste lançamento desenvolvido em temporadas, como uma série de streaming, onde cada capítulo ajuda a entender o fio de Ariadne que interliga toda a trama ao longo do tempo e espaço nessa verdadeira jornada. O livro cumpre a missão de encorajar e motivar por meio da fantasia. A obra retrata episódios da dura realidade humana e desperta o desejo profundo de transformar o presente para consertar os erros do passado, extinguir as maldades do mundo e conquistar um futuro melhor. Da Editora Viseu, o livro tem 342 páginas.

 

O Priorado da Laranjeira – A Maga

Dragões, rainhas, piratas, magas, novas civilizações, conflitos políticos e religiosos, guerra, empoderamento feminino e representatividade LGBTQIA+. Estes são alguns elementos presentes no primeiro volume da fantasia sáfica “O Priorado da Laranjeira – A Maga”, escrito pela autora inglesa best-seller do “The New York Times”, Samantha Shannon e publicado no Brasil pela Plataforma21, em formato de duologia. Shannon apresenta o mundo dividido em dois povos rivais que nutrem crenças diferentes sobre os dragões. O Seiiki, a Leste, vê as criaturas como místicas e as adora como seres divinos. Já o Rainhado de Inys, a Oeste, acredita que são feras ruins e terrivelmente perigosas, capazes de devastar a humanidade. Porém, quando um dragão ancestral das trevas ressurge e ameaça a vida de todos, as duas sociedades terão que deixar de lado os embates políticos, diferenças ideológicas, religiosas e culturais para lutarem juntos por um bem maior: salvar o mundo desta fera que, diferentemente dos demais cuspidores de fogo, deseja reconstruir o planeta por meio de forças malignas. Será tarefa das mulheres conduzirem o destino de seu mundo, sejam elas rainhas, magas ou aquelas que cavalgam dragões. Nesta fantasia épica com protagonismo, a escritora também abre debate para o feminismo e apresenta uma sociedade baseada no matriarcado. Traduzido para mais de 25 países, “O Priorado da Laranjeira” foi finalista do Lambda Literary — prêmio anual dos Estados Unidos destinado a obras literárias com temática LGBTQIA+, em 2020. A continuação desta história será lançada no Brasil ainda este ano. O livro tem 544 páginas.

 

Os Diálogos de Uma Cena de Crime

Se no clássico “A Bela e a Fera” espanadores, xícaras, bules e relógios de parede ganharam vida para contar uma história de amor, em “Os Diálogos de Uma Cena de Crime”, do escritor Diego Rates, é a vez das evidências de um assassinato protagonizarem uma narrativa eletrizante envolta em suspense e mistério. Nesta obra repleta de realismo mágico, a arma usada para matar, as digitais deixadas para trás e o cadáver ganham status de testemunhas oculares de uma execução. Com personalidades marcantes e pontos de vista diferentes sobre o que realmente aconteceu, estes objetos até então inanimados promovem diálogos mórbidos hilariantes. Inspirado por nomes como Franz Kafka, Dostoievsk e Haruki Murakami, Rates faz de “Os Diálogos de Uma Cena de Crime” um verdadeiro exercício criativo. Com muita perspicácia, a obra responde questionamentos inerentes do gênero policial como “Quem é o assassino?”, mas alcança o terreno do extraordinário ao elucidar a grande pergunta: “Como as evidências criaram vida?”. Mesmo lúdica e bem-humorada, a narrativa explora temas relevantes como a ineficiência do sistema policial e a falta de recursos para a investigação e resolução de crimes violentos como os assassinatos. O livro também expõe os padrões de terceirização da culpa para aliviar os criminosos responsáveis. Com 88 páginas, o livro é da Editora Flyve.

 

 

 

 

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