03 de agosto | 2021

A Casa das 100 Janelas – A propriedade foi o local em que homens negros moldaram nas próprias coxas as telhas da casa

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Quando o Futuro Chegou e Encontrei um Pentelho Branco

Para algumas mulheres chegar aos 40 anos significa o encontro com questionamentos que até então não existiam no cotidiano. Mas, onde buscar respostas para novas dúvidas e novos desafios existenciais? Se a pessoa em questão for uma jornalista, é provável que essa crise se torne uma reportagem ou… um livro!

Esse é o caso de Adriana Pimenta, que transformou a crise pessoal na obra “Quando o Futuro Chegou e Encontrei um Pentelho Branco, lançado pela Primavera Editorial. Em uma narrativa sensível e bem-humorada, ela revela a trajetória honesta de uma mulher que enfrenta os próprios obstáculos rumo à maturidade.

Em muitos momentos, a autora nos faz rir com os percalços de sua busca singular; em outros, faz chorar com as incertezas do processo. Mas, a principal reação despertada é chorar de rir com o mais humano dos relatos sobre o impacto do tempo em nossos corpos, em nossas mentes e em nossa vida. Visita a terapeutas, busca por respostas na espiritualidade e nas entrevistas com antropólogos.

Como entender a própria inquietação? O que se sente exatamente diante dessa vontade de ir e de ficar? Uma crise dos quarenta pode ser vivida de diferentes formas por mulheres distintas, mas, no caso de Adriana Pimenta, a fase é marcada por uma jornada de profundo autoconhecimento. Na obra a autora traz, ainda, uma lista de leituras que acessou durante a busca por respostas e que se tornaram temas de muitas das entrevistas que conduziu. O livro tem 144 páginas.

 

A Arte da Guerra

Escrito no Século IV antes de Cristo, o clássico “A Arte da Guerra” reúne 13 ensinamentos do general e filósofo chinês Sun Tzu. As estratégias sobre planejamento e liderança não são usadas apenas por militares. Líderes empresariais também podem seguir os ensinamentos para alcançar o sucesso.

Além de ajudar qualquer pessoa a mudar a percepção de mundo, a nova edição brasileira, que está em pré-lançamento pela Editora Edipro, traz os insights atemporais que atravessam milênios e se mantêm relevantes até os dias atuais.

Todas as estratégias são aplicáveis em qualquer área da vida e instruem desde táticas para conseguir a vitória ou abreviar o caos, até reconhecer a importância de delegar para avançar. Estes são conhecimentos indispensáveis em ambientes competitivos e cenários desafiadores. Com tradução direta do chinês, feita pelo filósofo sino-brasileiro Chiu Yi Chih, a obra é leitura obrigatória para empreendedores, executivos, gestores, universitários e militares, entre outros.

Confira sete lições retiradas do livro e se inspire a conhecer o mais importante tratado militar de todos os tempos: Qualquer um pode ser um soldado; O intelecto é maior que a força bruta; Mantenha suas estratégias em segredo; Seja crítico na hora de analisar as situações; Trate seu inimigo como um igual; Saiba reconhecer seu real desejo; O impulso é o seu pior inimigo. O livro tem 162 páginas.

 

A Casa das 100 Janelas

Localizada nas serras de Mata Atlântica da região de Juiz de Fora, Minas Gerais, a Fazenda Santa Clara abriga história e um dos locais mais emblemáticos do período escravocrata.

A propriedade foi o local em que homens negros moldaram nas próprias coxas as telhas da casa com 365 janelas, que inspirou o escritor Jefferson Sarmento em seu quinto livro de terror.

O enredo de “A Casa das 100 Janelas” gira em torno do fictício Solar dos Fortes, uma velha construção que remete às antigas fazendas localizadas entre o Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Os elementos do passado colonial e escravagista brasileiro são a base para contar uma jornada de remissão e de horror fantástico nos dias atuais.

O protagonista desta história é Chico Rezende, um homem negro que, quando criança, deixou a cidade após seu pai ser acusado de assassinar Adélia Fortes, a esposa do patrão. Ele volta a Bel Parque depois de 30 anos para recuperar o passado perdido e redimir os pecados e horrores que assombram uma velha casa amaldiçoada.

Ao trazer o imaginário popular e a história brasileira como ponto de partida para o thriller, o autor promove e contribui para a ainda tímida literatura nacional do gênero. “É uma história de horror numa cidade brasileira, com todas as características que identificam esse lugar, com vínculo no nosso passado histórico, dramas familiares e sociais presentes no cotidiano”, comenta. Com 512 páginas, o livro é da Editora Tramatura.

 

O Ministério da Verdade

Quando “1984” foi publicado no Reino Unido, em 8 de junho de 1949, um crítico perguntou se um romance tão oportuno naquele momento teria a possibilidade de exercer a mesma influência nas gerações seguintes. Hoje, é praticamente impossível falar sobre propaganda, vigilância, autoritarismo ou fake news sem fazer referência à obra-prima de George Orwell.

Em “O Ministério da Verdade”, o crítico britânico Dorian Lynskey remonta a gênese de “1984” e investiga o alcance do romance na nossa cultura.

Além de expressões que se tornaram corriqueiras como “Big Brother”, “Polícia das Ideias”, “duplipensar”, “pensamento-crime” e “Novafala”, Lynskey nos mostra como o romance inspirou filmes, séries de TV, peças de teatro, óperas, o álbum “Diamond Dogs”, de David Bowie, os livros “O Conto da Aia”, de Margaret Atwood, e “V de Vingança”, de Alan Moore e David Lloyd, o filme “Brazil”, de Terry Gilliam, entre outras obras. De modo acessível e informativo, o autor afirma a grandeza duradoura do romance de Orwell. Um guia fundamental para o livro mais emblemático do mundo contemporâneo. Com 488 páginas, o livro é da Editora Companhia das Letras.

 

 

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